Espaço do Céu - Astrologia
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Celisa Beranger
Urano, Netuno e o Espírito dos Tempos
Autor(a):
Silvia Ceres (Argentina)
em
28 de junho de 2009
Os sete planetas tradicionais esboçam habitualmente o perfil individual de cada sujeito. Definem seu caráter e descrevem a iminência humana. Constituem a subjetividade de percepção de uma determinada realidade, de um tempo e um espaço onde se desdobra a vida.
Os planetas transaturninos, pelo contrário, podem ser definidos como transcendentes, isto é, vão além da realidade vivenciada a partir da experiência da consciência pessoal. Estabilizam o homem, possibilitando-o a transposição do limite de seu próprio ser. Costumam ser definidos como geracionais, pois a geração inclui o sujeito em um todo maior.
Particularmente Urano e Netuno oferecem um cenário, uma cortina de fundo da época, que podemos denominar filosofia de vida ou espírito dos tempos, sendo finalmente o que outorga traços próprios e coesão a uma determinada geração.
A expressão “o espírito do tempo” (Zeitgeist) provém dos românticos alemães e Hegel a incorporou a sua teoria sobre a filosofia da história. Sua origem sucede do latim (gênios seculi ou gênio do século) e denota o clima intelectual e cultural de uma época.
No campo prático da interpretação de um mapa, o astrólogo costuma alternar entre interpretá-los como traços de caráter–correndo o risco de atribuir significados próprios do centenário tradicional, ou como fatores geracionais, independentes do sujeito.
O trabalho presente tem como objetivo incluí-los na interpretação demarcando um campo diferenciado, articulando o pessoal com a filosofia de vida de um determinado período.
A dobradinha individual-generacional abre várias opções possíveis:




