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Artigos

Eclipses em Sequência

Autor(a):

Celisa Beranger

em

7 de outubro de 2006

Os eclipses  constituíam a fonte de presságios mais importante da Babilônia. São Luas Novas e Cheias especiais que se apresentam como belíssimos espetáculos promovidos pelo céu. Nestas ocasiões, Sol, Terra e Lua estão alinhados exatamente sobre o plano da eclíptica e foi o  fato dos eclipses ocorrerem sobre este plano que deu ao caminho aparente do Sol a  designação de  eclíptica. Na realidade, para que ocorra um eclipse é preciso que a Lua, cuja latitude é variável,  esteja sobre a eclíptica, portanto é sua posição que faz com que, a cada  seis meses lunares, Luas Novas e Cheias sejam eclipses.

Eclipses ocorrem sempre próximos aos nodos lunares, encontros da órbita da Lua com a eclíptica,  os  do Sol ficam dentro de uma distância de até 18º  e os da Lua até 12º.

Na Babilônia, onde os astros eram considerados como deuses que interferiam sobre a vida na Terra, os eclipses eram considerados como sinais muito especiais enviados pelos astros – deuses para indicarem situações coletivas muito importantes, tais como guerras, fome, epidemias, nascimento ou morte de reis (que também podemos interpretar como pessoas que causam impacto na coletividade), etc…

Pelo menos no que se refere às figuras que marcam a humanidade isto continua sendo constatado. Vejamos  dois exemplos:

O Papa João Paulo II, teve seu nascimento e morte  marcados por eclipses. Ele nasceu no eclipse de 18/05/1920 e morreu 6 dias antes do eclipse de 08/04/2005, mas seu enterro foi   no dia do eclipse.

O Príncipe William da Inglaterra nasceu no dia do eclipse de 21/06/1982 (às 21:03 horas em Londres) e já podemos dizer que sua vida está marcada por eclipses. Sua mãe, a princesa Diana, morreu em 31 de agosto  de 1997, na véspera de um eclipse do Sol e seu pai, o Príncipe Charles, havia marcado seu segundo casamento, com Camila Parker Bowles, para o dia do eclipse de 8 de abril  de 2005. O casamento só não aconteceu nesta data  porque  a rainha Elizabeth  o designou  para representá-la no enterro do   Papa e por este motivo o casamento foi adiado por uma semana.

Aliás, as pessoas nascidas em dias de eclipses podem ter a vida marcada, mas também tendem a marcar a humanidade porque podem ser temerárias e até colocarem a própria vida em risco.

Os computadores permitiram a localização da trajetória dos eclipses,  com isto pesquisas mostraram que  pessoas nascidas em dias de eclipses solares podem ter suas vidas  ligada aos  lugares percorridos pela sombra do eclipse de nascimento.

Vejamos dois exemplos: Alexandre, o Grande e Karl Marx.  Alexandre conquistou, com seus exércitos, os 8.000 km obscurecidos pelo eclipse de seu nascimento. Quanto a Marx,  o trajeto do eclipse  obscureceu a Rússia, que foi muito mais marcada por seus escritos, que a Alemanha ou a França, países que ele tinha intenção de atingir.

Até os dias de hoje, culturas muito antigas, como é o caso da  hindu,  mantém o receio dos eclipses. No eclipse de março passado, visível na Índia no pôr do Sol, o governo decretou feriado na parte da tarde   para que as pessoas não tivessem que  sair à rua e exporem-se ao eclipse. Além do mais, mulheres grávidas não saem de casa neste dia porque consideram que os bebês podem ser afetados por ele.

De qualquer forma a questão dos eclipses  marcou de tal forma a humanidade, que continuam causando grande impacto, ao menos no que se refere ao visual e por este motivo são amplamente divulgados pela mídia.

Os ciclos dos eclipses

Os primeiros registros de eclipses observados na Babilônia datam do século VIII AC,  posteriormente a história  nos mostrou que  os chineses começaram a registrar eclipses  no século XIII AC.

Foi a importância dada aos eclipses, como fonte principal de presságios, que fez com que os grandes observadores e compiladores da Babilônia, já no século V AC, tivessem descoberto que os eclipses possuem um ciclo próprio. Este ciclo é composto por diversas séries e por isto pode ser acompanhado. Esta descoberta possibilitou aos babilônios a previsão de eclipses com  exatidão de modo a poderem fazer  presságios com antecedência.

Eclipses que pertençam a uma mesma série ocorrem a cada 18 anos  e 10 ou 11 dias, em função dos anos bissextos, e durante um certo tempo eles  são visíveis em um mesmo local, portanto sua volta pode ser prevista. Mas eles não retornam ao mesmo grau do zodíaco, cada novo eclipse da série ocorre 10º a frente do anterior.

Tanto Astronomia quanto Astrologia utilizam os Ciclos de Saros (que significa repetição), mas em relação à Astronomia, a Astrologia utiliza um número bem pequeno de séries e isto apenas com relação aos eclipses solares. São consideradas  38 séries, 19 de Pólo Norte e 19 de Pólo Sul. A designação do Pólo indica  o local da Terra onde a série teve início.

Os ciclos dos eclipses


Os primeiros registros de eclipses observados na Babilônia datam do século VIII AC,  posteriormente a história  nos mostrou que  os chineses começaram a registrar eclipses  no século XIII AC.


Foi a importância dada aos eclipses, como fonte principal de presságios, que fez com que os grandes observadores e compiladores da Babilônia, já no século V AC, tivessem descoberto que os eclipses possuem um ciclo próprio. Este ciclo é composto por diversas séries e por isto pode ser acompanhado. Esta descoberta possibilitou aos babilônios a previsão de eclipses com  exatidão de modo a poderem fazer  presságios com antecedência.


Eclipses que pertençam a uma mesma série ocorrem a cada 18 anos  e 10 ou 11 dias, em função dos anos bissextos, e durante um certo tempo eles  são visíveis em um mesmo local, portanto sua volta pode ser prevista. Mas eles não retornam ao mesmo grau do zodíaco, cada novo eclipse da série ocorre 10º a frente do anterior.


Tanto Astronomia quanto Astrologia utilizam os Ciclos de Saros (que significa repetição), mas em relação à Astronomia, a Astrologia utiliza um número bem pequeno de séries e isto apenas com relação aos eclipses solares. São consideradas  38 séries, 19 de Pólo Norte e 19 de Pólo Sul. A designação do Pólo indica  o local da Terra onde a série teve início.

​Cada série é composta por 70 ou 71 eclipses e no total dura cerca de 1260 anos. A série  começa em um dos Pólos com eclipses parciais, a medida que vai descendo em latitude  os eclipses passam a ser anulares, continuam descendo e ao se aproximarem do Equador  tornam-se totais. Passam para o outro Hemisfério da Terra ainda como  totais, mas ao se afastarem do Equador passam a anulares e ao se aproximarem do Pólo oposto àquele do início voltam a   parciais, até que a série termina.


Eclipse de origem da série


Alguns autores consideram que o primeiro eclipse de cada  série imprime sua marca em todos os demais eclipses a ela pertencentes e por este motivo pode ser utilizado como ponto de partida para a interpretação de qualquer eclipse da série. Os americanos Robert Jansky e Rose Lineman, sugerem para os eclipses de origem uma interpretação simplificada através da  conjugação do significado básico dos regentes do signo, decanato e dodecatemória (ouduade). Contudo, a pesquisa da australiana Bernadette Brady trouxe uma nova perspectiva a esta  interpretação. Brady  deduziu a interpretação  das condições dos astros na data e  hora do eclipse de origem, considerando as posições por signo, aspectos e pontos médios,  uma vez que não é possível utilizar casas devido à impossibilidade de elaboração de  mapas para os Pólos.


No caso do eclipse do dia 22 de setembro, a 29º 20’ de Virgem, segundo a Astrologia, ele integra a série de Saros 08 Sul (para a Astronomia a série  é a 144 do Cânon de eclipses de Mucke e Meeus).

O eclipse que deu origem a esta serie ocorreu em 01/04/1718 às 0:52:10 GMT, no Pólo Sul a  10º54’ de Áries. A presença de Saturno, em oposição a Vênus, situado no ponto médio entre o grau do eclipse e a posição de Marte, levou Brady a considerar que todos os eclipses da série estão vinculados a  fins, separações, partidas e perdas e estas situações  promovem  pesar, embora ofereçam clareza a respeito do processo de finalização.

Embora a consideração dos  eclipses de origem seja pouco conhecida e utilizada, até mesmo na Astrologia Mundial, sua atuação coletiva pode ser comprovada.

O grau do eclipse de origem também pode ser utilizado pessoalmente, para isto é preciso localizá-lo no mapa natal e considerá-lo como ponto de partida para a interpretação do eclipse atual. Neste caso, para o eclipse de 22 de setembro, além de localizar no mapa natal  os  29º20 de Virgem, também devemos colocar os 10º54’de Áries do eclipse de origem , que atuará como um ponto de partida para o eclipse atual.

Pessoalmente considero a importância da utilização individual dos eclipses de origem, apenas para aqueles que nasceram em dias de eclipses solares e que por este motivo tem tendência para causar impacto no mundo. Além do mais, estas pessoas  costumam estar  conectadas com a serie de Saros em que nasceram e  até podem atuar  como canal para a  expressão da série.

No caso do príncipe William da Inglaterra, o eclipse de seu nascimento em 21/06/1982 integra a série 2 norte velha, assim designada porque na ocasião, a série que irá  substituí-la já havia sido iniciada e por isto é designada como série 2 norte nova. Quando ocorre a superposição em uma mesma série acontecem  dois eclipses solares seguidos. Este foi o caso de 1982. O primeiro eclipse foi no dia do nascimento de William e o segundo em 20 de julho.

A série 2 norte velha teve início em 24/06/792 às 6:03:26 no Pólo Norte a 5º49’ de Câncer. A condição celeste do eclipse  apresenta seu grau em conjunção a Júpiter. E apresenta Mercúrio  no  ponto médio de Vênus e Saturno. Devido a estas condições a serie é indicativa de separações e término de relacionamentos ou uniões. Contudo, devido à presença de Júpiter, o resultado final costuma ser positivo, porque a pessoa é capaz de descobrir o que é preciso fazer quanto às relações pessoais. Até agora, o Príncipe William já vivenciou duas separações difíceis. O divórcio dos pais e a morte da mãe.

Ciclo Metônico

Um segundo ciclo, descoberto por Metón em 432 AC, na Grécia, também pode ser relacionado aos eclipses. Metón verificou que a cada 19 anos Luas Novas voltam a repetir-se no mesmo grau do zodíaco. Muitas vezes os eclipses também voltam a repetir-se a cada 19 anos, mas isto não ocorre sempre.

O eclipse do Sol do dia 22 de setembro repete os eclipses de 23/09/1987 e  22/09/1968, contudo em 1949 a Lua Nova não foi um eclipse.

Quando a repetição do eclipse ocorre, podemos buscar o acontecido em eclipses anteriores para podermos obter uma base para o que poderá vir a ocorrer. Isto deve ser feito tanto para mapas individuais quanto para países.

Para o Brasil (07/09/1822 16:08 horas LMT São Paulo) os eclipses de 29º20’ de Virgem se localizam na casa 8 natal e fazem  oposição ao Plutão de casa 2, que é regente do meio do Céu. Por este motivo estes eclipses indicam mudanças que podem afetar o governo e o rumo do país. Além do mais podem indicar questões financeiras, perdas e também mortes.

Em 23 de setembro de 1987 houve um eclipse anular do Sol, como este de 2006, no ano em que o Brasil declarou moratória. Também neste ano tiveram inicio os trabalhos para a constituinte.

Em 22 de setembro de 1968 houve um eclipse total do Sol. Sabemos que em 1968, em grande parte do mundo, os jovens contestaram valores tradicionais demolindo normas e padrões. No Brasil ocorreu o endurecimento da ditadura e os estudantes foram para as ruas e confrontaram a polícia. As consequências foram o AI5 e o SNI.

Eclipse pré-natal

Um outro retorno importante é o do eclipse do Sol imediatamente anterior ao nascimento, denominado eclipse pré-natal. Sua localização no mapa natal  constitui um ponto  marcante que costuma ser ativado por lunações, trânsitos ou  progressões.

Normalmente é considerado o eclipse do Sol imediatamente anterior ao nascimento, contudo há pessoas que também levam em conta o eclipse lunar, se este estiver mais próximo do nascimento.

A casa em que se localiza o eclipse pré-natal tem grande probabilidade de ser a mesma de um dos nodos lunares, porque já vimos que os eclipses ocorrem, sempre próximos a eles, de qualquer forma, os assuntos desta casa, precisam ser bem desenvolvidos durante a vida. Por este motivo o retorno do eclipse pré-natal, pelo ciclo metônico, indica um ano importante  na vida e na evolução pessoal.

Vejamos  o  exemplo  do Presidente americano John Kennedy (29/05/1917 às 15:15 horas- Brookline,MA).

O eclipse solar pré-natal ocorreu em 23 de janeiro de 1917, a 2º 45’ de  Aquário, situado na  casa 4, em conjunção à  Parte da Fortuna e em oposição ao Netuno de casa 10.

O primeiro retorno não seguiu o ciclo Metônico, pois ocorreu em 24 de janeiro de 1925,  ano do nascimento de seu irmão Robert.

O eclipse pré-natal retornou mais duas vezes, sempre em anos muito marcantes na sua vida. Em 25 de janeiro de 1944, ano em que seu irmão Joseph foi assassinado e isto ocasionou alteração em seu rumo de vida e a segunda em 25 de janeiro de 1963, 10 meses antes de  sua morte.

Interpretação coletiva de um  eclipse

Começa pelo signo em que o eclipse ocorre. O de 22 de setembro será em 29º20’ de Virgem. Entre outras coisas Virgem aponta para os produtos da terra, trabalho,  serviço,  higiene e  saúde. 

Existe uma interpretação antiga, praticamente desconsiderada em nossos dias, em função do decanato em que o eclipse se localiza, mas  surpreendentemente ela funciona em alguns casos.

Por exemplo: O eclipse da  morte da princesa Diana, de 1/09/1997, no 1º decanato de Virgem tinha como interpretação: Revezes diversos e morte de personalidade.

O eclipse atual, no 3º decanato de Virgem, tem a seguinte  interpretação:

Intensificação da adversidade e perturbações diversas.

Com relação à Astrologia Mundial, grandes autoridades  afirmam que os efeitos dos eclipses são percebidos principalmente nas áreas do mundo cobertas por sua sombra. Contudo, quando o mapa do país for fortemente aspectado pelo grau do eclipse sua força com relação ao país também será grande.

O eclipse do dia 22 será visível na maior parte do Brasil, localizando-se na casa 8,  fazendo oposição ao Plutão natal a 0º de Áries. Como ocorrem simultaneamente as duas condições de maior força, podemos afirmar que sua importância para o nosso país é incontestável.

O planeta que faz o aspecto mais forte ao grau do zodíaco onde  ocorre o eclipse é seu governante coletivo, neste caso Plutão, a 24º de Sagitário. Com isto para o Brasil o eclipse é duplamente plutoniano e com o incremento da visibilidade, sem dúvida sua importância para o nosso país será muito grande.

Para estudar atuação do eclipse em cada país é preciso elaborar também um mapa calculado para hora do eclipse com as coordenadas de sua capital.

O mapa para Brasília (22/09/2006, 08:41horas) apresenta o eclipse na casa 11, indicando questões ligadas ao congresso e com países amigos. O planeta mais fortalecido é considerado o governante para o país. No nosso caso temos  Júpiter em conjunção ao Ascendente, contudo ele está em quadratura, com orbe menor que 1º, a Netuno, na casa 4, e este também faz quadratura ao Ascendente. Isto indica que a quadratura do ciclo Júpiter/Netuno além de marcar  o eclipse coletivamente está muito forte para o Brasil. Isto indica que, em função da inflação de fantasias, vivenciamos incertezas e inseguranças, manobras e complôs que geram escândalos e decepções. A presença de Saturno na casa 10, fechando uma quadratura T, indica dificuldades para o governo, tensões e perturbações políticas.  No dia 15 passado surgiu mais um escândalo que poderá ter consequências  eleitorais.

Para responder à uma pergunta do colega Ricardo Lindemann, a respeito de questões religiosas, citamos o problema ocasionado pelo Papa Bento XVI, ao fazer menção a  Maomé  e  citando o uso de violência, dissemos que  a presença da  quadratura do ciclo Júpiter/Netuno em sua marca coletiva é  indicativa de escândalos em geral,  inclusive religiosos.

De qualquer forma períodos de eclipses são sempre muito conturbados. Eles começam a atuar 3 semanas antes e permanecem muito ativos até 3 semanas depois, embora sua atuação permaneça durante pelo menos 6 meses lunares, até  que ocorra um novo eclipse contudo, quando o novo eclipse se situa no ponto oposto ao anterior, como ocorrerá em 18/03/2007 a 28º de Peixes, a duração passa a ser de 1 ano.

No que se refere ao Brasil, desde 2005 vínhamos afirmando que setembro seria particularmente marcante, porque os dois eclipses ativavam fortemente o mapa do nosso país e ainda teríamos a visibilidade do eclipse do Sol. O eclipse da Lua de 7 de setembro, ocorreu a 15º de Peixes (coletivamente foi governado por Urano) e fez oposição ao Sol do Brasil. No início do mês houve um novo problema com relação à Petrobrás na Bolívia, que está em suspenso para ser resolvido posteriormente. No caso do eclipse do Sol ainda ocorrerá sua visibilidade que poderá trazer outras situações marcantes.

Sequência dos eclipses no mapa natal

Eclipses são sempre indicadores de mudanças e possuem uma sequencia própria através das casas do mapa natal.

Individualmente eles atuam como marcas no caminho para ajudar-nos a cumprir o nosso propósito de vida.  Algumas vezes retirando-nos de um caminho confortável e outras surpreendendo-nos com uma nova oportunidade.

Independente de formarem aspectos a planetas natais os eclipses estão constantemente promovendo atenção e revisão nos assuntos das casas onde se localizam.

A conotação de revisão vem do fato da sequencia do  movimento dos eclipses ocorrer  no sentido contrario ao do zodíaco, portanto percorrendo graus anteriores. Podemos comprovar isto facilmente. Os eclipses solares de 3/10/2005 e 29/03/2006 situaram-se respectivamente nos graus 10 de Libra e 8 de Áries.  O de  22 de setembro ocorrerá a  29º de Virgem e o próximo, em 18/03/2007, será  a 28º de Peixes.

Em cerca de 19 anos os eclipses  percorrem todas as casas do  mapa natal promovendo a revisão de todos os seus assuntos e focalizando nossa atenção para verificamos o que é preciso suprir, modificar ou suprimir em cada um deles. O assunto que, porventura, tiver sido deixado de lado ficará obvio e terá  que ser considerado e  resolvido.

Considerando que os eclipses percorreram ritmicamente o mapa natal, seu percurso   pode ser visto como  um caleidoscópio, que ao girar  aponta para facetas diferentes. Durante cerca de 3 anos os eclipses percorrem uma mesma polaridade de casas,   enquanto durar este tempo as questões da polaridade estarão iluminadas  por um  holofote e  os assuntos de suas casas estarão enfatizados.

Quando os eclipses do Sol e da Lua se localizam em uma mesma polaridade, seus assuntos estarão ainda mais enfatizados e serão levados a uma solução. Contudo, quando os eclipses da Lua estiverem em uma polaridade diferente daquela dos eclipses solares, a atenção poderá estar  dividida entre as duas polaridades. É preciso considerar que os assuntos da casa em que ocorrer  o 1º eclipse  solar da polaridade atuam como os principais motivadores para a revisão dos  assuntos das  duas casas que constituem a polaridade.

Vejamos como os eclipses funcionam  em todas as polaridades.

Eixo 1-7 – A ênfase ocorre na combinação da necessidade de desenvolvimento pessoal e participação em alianças e parcerias satisfatórias.

Quando a primeira mobilização ocorre na casa 1, o fortalecimento da identidade pessoal e do próprio desenvolvimento  capacitam para o estabelecimento de parcerias mais satisfatórias.

Quando a casa 7 é a primeira a revisão na participação em  alianças e parcerias desperta para a necessidade de desenvolvimento pessoal.

Eixo 2-8 – Ênfase nos recursos pessoais e partilhados, sejam físicos ou materiais. Há movimento em questões econômicas. Crises e  perdas podem ocorrer.

Quando a casa 2 é a primeira, o foco nos próprios recursos, posses e perspectivas materiais, leva à revisão na partilha de recursos, sejam físicos ou materiais. Devem ser desenvolvidas atitudes para obtenção de segurança material.

Quando a 8 é a primeira, o estímulo é no plano dos recursos partilhados. Há possibilidade de ter que lidar  com dívidas, pensões ou heranças. Também chama atenção para o estímulo na partilha física.

Eixo 3-9 – Focaliza o desenvolvimento mental e intelectual, deslocamentos, questões ligadas ao meio próximo ou ao estrangeiro ou ainda legais.

Na 3  há estímulo na comunicação e busca de aprendizado. Experiências com o meio próximo e contato com outros ambientes.

Na casa 9 , questões de educação superior ou conhecimento elevado. Viagens distantes ou questões ligadas ao estrangeiro são enfatizadas e revistas e ainda questões legais, éticas, filosóficas ou religiosas.

Eixo 4-10 – Segurança pessoal, através da melhora de condições familiares e de moradia, precisa ser combinada com a busca de uma posição satisfatória no mundo. Nesta polaridade será preciso rever o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional ou social.

Se a casa 4 for a primeira, as mudanças para obtenção de melhores condições domésticas levam à revisão da posição social.

Se a 10 for a primeira, as mudanças para obtenção de uma posição social mais satisfatória levam às mudanças nas condições domésticas.

Eixo 5-11 – Nesta polaridade é necessário equilibrar o dar com o receber amor.  É preciso que além do pessoal o amor também atinja a esfera social.

Na 5  o foco está nos amores, prazeres, filhos e criatividade.

Quando a casa 11 for ativada primeiro, a participação em grupos ou valorização das amizades contribui para uma expressão mais elevada do amor pessoal.

Eixo 6-12 – Enfatiza questões de saúde, serviço, trabalho e obrigações. Envolvimento com locais de isolamento e situações difíceis.

Na casa 6 as questões de trabalho, saúde e empregados são fatores de revisão.  As imperfeições nestas questões aparecerão para serem solucionadas.

Na 12 situações que ainda não se apresentaram tendem a aparecer. Há  possibilidade de envolvimento em situações difíceis, tais como armações e fraudes ou questões de saúde.

Observações: É preciso considerar que quando os graus dos eclipses fizerem aspectos a planetas em outras casas, fora da polaridade, os assuntos destas casas também serão envolvidos na revisão.

É preciso lembrar que as condições do mapa natal precisam ser consideradas. Além do mais outras técnicas astrológicas podem reforçar a polaridade dos eclipses. Por exemplo, quando  na Revolução Solar ocorre a predominância de uma das casas da polaridade dos eclipses. Ou a presença da Lua progredida secundária ou ainda um trânsito de Urano ou Plutão em uma das casas da polaridade onde os eclipses estão situados.

Exemplo: Mulher 26/07/1967

Na polaridade 9-3, que começou pela casa 9, esta senhora fez uma pós-graduação.

Durante o percurso do eixo 8-2, iniciado pela casa 2 mas em oposição a Plutão na casa 8, ela associou-se  em uma empresa profissional e assumiu sua administração financeira. Com os eclipses ainda neste eixo ela deixou a sociedade e sua administração.

Na polaridade 7-1, iniciada na casa 7 em quadratura a Netuno na casa 10, a senhora separou-se do marido e enquanto os eclipses percorreram o eixo 7-1 ela continuou a buscar uma outra parceria.

Para finalizar, podemos afirmar que  os astrólogos da Babilônia estavam certíssimos quanto à importância dos eclipses. Quem não se preocupar com eles poderá não lhes dar a devida relevância, mas aqueles que  os observarem constatarão sua grande importância.

 

Bibliografia sugerida

BRADY, Bernadette. Predictive Astrology – Maine : Samuel Weiser, 1992.

JANSKY, Robert. Interpretación de los Eclipses – Málaga : Editorial Sírio, 1988.

LINEMAN, Rose. Eclipse Interpretation Manual e Eclipses: Astrological Guidepost, Tempe : AFA 1986 e 1984.

TEAL, Celste. Eclipses – St. Paul : Llewellin Publications, 2006.

Rio de janeiro, 07 de Outubro 2006

Proibida a reprodução parcial ou total deste artigo.

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