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XVII Congresso Ibérico – Estoril- Portugal

Autora: Celisa Beranger em 12 de maio de 2010

O Brasil marcou presença no XVII Congresso Ibérico, pela primeira vez em Portugal, sob a responsabilidade de Maria João Macieira, cuja organização foi excelente.


Pela segunda vez participei como “oradora” como dizem os portugueses, de um Congresso Ibérico. Mas outra brasileira, Clélia Romano, de São Paulo também foi oradora. Eu não a conhecia e fui apresentar-me.

Outras brasileiras participaram do grupo que convoquei através do site. Ana Maria Lessa, Claudia Rabelo, Eliane Caldas, Lucia Xavier e Regina Fernandes. A caminho do Congresso, no primeiro dia, encontrei um mineiro de Belo Horizonte. Infelizmente não anotei seu nome a agora não me lembro.

O local foi o belíssimo Centro de Congressos do Estoril, com um enorme lobby de entrada onde estavam cerca de 20 stands: escolas,  livrarias, empresas promotoras de eventos, revistas, bijuterias, objetos, etc…. Também havia uma exposição da história da Astrologia em Portugal, preparada por Helena Avelar e Luís Ribeiro da Academia de Estudos Astrológicos em Lisboa.

A abertura, no dia 12 pela manhã, foi no auditório principal. Após a apresentação de Maria João Macieira a música de Jos d’Almeida antecedeu a explanação dos componentes da mesa: Maria Flávia de Monsaraz, Antonio Rosa, Fernando Albuquerque (representando a Sociedade Espanhola de Astrologia) e Helena Avelar e Luís Ribeiro. Jos d’Almeida encerrou  a abertura com sua música de estilo eletrônico progressivo, cruzando sonoridades espaciais com momentos de ampla meditação musical.

Na parte da tarde todos os presentes participaram da uma visita cultural  ao Mosteiro dos Jerônimos e ao Planetário de Lisboa,  depois à casa do Marquês de Pombal em Oeiros. Nos dias 13 e 14 importantes nomes da  Astrologia se apresentaram simultaneamente em três salas.  por país, estavam:

Da Argentina:

Alberto Chilowsky  falou da “Revolução Copernicana e os Pontos Galáticos”

Hugo Bonito abordou o mapa de Cristovão Colombo com base na sua técnica de Datas Gêmeas.

Patrícia Kesselman  em “ O Hileg e o Alcocoden – o Binômio Vital”  abordou a dificuldade da utilização destes fatores devido a grande diferença entre os autores.

Do Brasil:

Meu tema foi “O Mapa do Horizonte e as suas Direções”. Abordei a importância deste mapa, em sistema diferente do eclíptico, como apoio ao mapa natal. Também seu potencial de relocação e suas direções em locais fechados – casa ou trabalho-, na cidade e no mundo – complementado a astrocartografia.

Clelia Romano no tema “Dia e Noite, um Arquétipo  Básico na Dualidade” dentre outras coisas abordou a Parte da Fortuna.

Da Espanha estavam dentre outors Adela Ferrer, Ernesto Cordero, Felix Esquitino, Sergio Rivillo (do site astralis.es) e mais:

Carmen de Hita  apresentou o interessante tema  “Júpiter, Regente das Nações Ibéricas” comparando a Espanha sagitariana com  Portugal pisciano, e ressaltou  a dificuldade de interação entre os dois países devido às diferentes posturas, e a importância de Mercúrio, regente dos dois signos opostos.

Juan Estadella apresentou o verdadeiro mapa de Cuba:  20 de maio de 1902, que ele retificou para as 12:12 horas, e afirmou que o mapa de 1959 é apenas o da mudança de regime.

Tito Maciá  em “O Enigma de 2012: Profecias Maias e Prognósticos Astrológicos” apresentou diversas condições do céu em 2012.

Vicente Cassanya em “ A Segunda Década do Século XXI e a Quadratura Urano –Plutão” abordou o importante momento de nossa civilização, com o fim da Idade Contemporânea e da Era de Peixes. A atual quadratura T enfatizando a quadratura Urano-Plutão, entre 2012 e 2015, que dá início ao  fim do capitalismo como é conhecido por nós, que ocorrerá  na tríplice conjunção  Júpiter, Saturno e Plutão de 2020.

De Portugal dentre outros estavam:

Helena Avelar e Luís Ribeiro na abertura apresentaram a excelente palestra: “A Astrologia em Portugal – Nove Séculos a Observar as Estrelas”. Só assisti a uma das outras duas palestras: “Princípios Práticos da Astrologia Horária” na qual  apresentaram a  utilização prática em diversos mapas.

Isabel Antunes em “ A Astrologia e a Dança” apresentou o resultado de sua pesquisa  em 450 mapas de dançarinos de diversas categorias, e conclui que são os aspectos entre Vênus e Marte que indicam o interesse pela dança.

Maria Flávia de Monsaraz apresentou na abertura a palestra “Sob o signo de Gêmeos, nem País de Peixes… bem-vindos à dualidade! Nascemos divididos num Mundo dividido,  num Universo bi-polar de Luz e de Matéria”.Eu a conheci  em sua visita à  Astroscientia no final do século passado. Não pude assistir à sua palestra porque falamos no mesmo horário. Fui cumprimentá-la logo após, na ocasião ela me disse que, aquela visita a incentivou a criar o seu Espaço Quíron.

Paulo Cardoso desenvolveu o  tema “A Importância da Astrologia na Vida e Obra de Fernando Pessoa”. Apresentou seu trabalho  de separação por assunto dos quase 3.000 textos astrológicos. Os preços cobrados pelo heterônimo astrólogo de Pessoa, Rafael de Baldaya, em seus atendimentos. Contou também que conseguiu descobrir as folhas que faltavam nos textos astrológicos, no verso de folhas contendo poemas que ele escrevia quando se inspirava durante os estudos de Astrologia. Finalizou dizendo que ele marcou a data de sua morte com uma diferença de seis meses porque não havia conseguido dirimir a dúvida com relação ao seu horário de nascimento. Caso tivesse utilizado 15:22 horas, ao invés de 15:20, teria chegado à data precisa.

Da Russia estava Veronica Tkchenko que apresentou “ Moda-previsão Usando os Ciclos Planetários” demonstrando a importância do ciclo Júpiter-Urano nas mudanças na moda. Em inglês, esta foi a única palestra traduzida.

Em uma parte do lobby do Centro de Congresso foi  montado  um restaurante onde a maioria dos palestrantes almoçava e também muitos participantes. Desta forma tínhamos a possibilidade de conversar.

O Jantar de Gala, no dia 14, foi no luxuoso  Hotel Palácio, cujo interior lembra muito o nosso Copacabana Palace. O programa incluiu a cantora de fado  Joana Veiga, acompanhada de seus músicos,  e o excelente Coral Ricercare apresentando Música Ibérica dos séculos XX e XXI. Um luxo.

No último dia, 15 de maio, o Centro de Congressos  foi aberto ao publico para apresentações de Astrologia, Teatro,  Música e Dança para adultos e crianças. Uma idéia excelente para atrair público novo.

Como é de praxe o XVIII Congresso Ibérico já está marcado. Barcelona 09, 10 e 11 de junho de 2011.

Do Estoril Lucia Xavier, Regina e eu fomos para  Lisboa e aproveitamos para visitar a casa onde Fernando Pessoa viveu seus últimos quinze anos. Rua Coelho da Rocha número 16, em Campo de Ourique.

O mapa de Fernando Pessoa está desenhado no piso, logo na entrada. Os mapas de alguns heterônimos e de Portugal estão desenhados em uma parede.  Saímos encantadas.

Ainda em Lisboa saí uma tarde com Helena Avelar e Luís Ribeiro para conversarmos sobre Astrologia. Terminamos nos dispondo a tentar organizar um encontro luso-brasileiro. Foi uma alegria poder conviver um pouco com eles, que há nos eu conhecia pela internet.

Comprovei que apesar de não usarem Urano, Netuno e Plutão, temos muitas coisas em comum, como por exemplo, a preocupação com a seriedade e respeitabilidade da Astrologia.

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