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O Clímax da Crise Mundial

Autora: Celisa Beranger em 28 de junho de 2009

(Palestra no XI Simpósio do SINARJ – 28 de junho de 2009)

Desde 2005 vimos falando da quadratura T que será formada em 2010.

No ano passado, na apresentação dos “Desafios e Mudanças de Plutão em Capricórnio” chamamos atenção para o fato de Plutão inaugurar o clima cardinal. Plutão em Capricórnio, Urano em Áries, Saturno em Libra e Júpiter em Áries.

Há muitos anos a quadratura T de 2010 vem chamando a atenção dos astrólogos que pesquisam a mundial porque ela havia ocorrido no ano de 1931, em pleno desenvolvimento da que ficou conhecida como a “grande depressão”, cujo início foi marcado pelo crash da bolsa de Nova York em 1929 e só terminou no final da 2ª guerra mundial.

Na verdade a presença de 03 ou mais planetas lentos em signos de ação, como são os cardinais, ocorre a cada 80 o 90 anos. Esta condição por si só já é bastante relevante porque corresponde a um tempo de crises econômicas e políticas nos quais muitas condições chegam ao fim e a necessidade de reconstrução torna-se evidente para a humanidade.

Portanto tempos de clima cardinal correspondem a períodos de viradas marcantes na consciência e no rumo da atividade humana. A partir de entrada de Urano em Áries em 27 de abril de 2010 até a saída de Saturno de Libra, em 05 de outubro de 2012, estaremos vivenciando este clima cardinal.

Porém, a quadratura T envolvendo os 04 lentos acima citados, que formam entre si 06 ciclos planetários em um conjunto de dissonâncias, aponta para um tempo de crises, confrontos e antagonismos que ameaçam o mundo com uma grande perturbação e reforçam a indicação do clima cardinal quanto ao termino de uma dada direção para a humanidade e o começo de outra.

Contudo, esta transição para a nova direção não é nada fácil dada a ocorrência de tensões, surpresas financeiras, depressão econômica, conflitos políticos e sociais, ou melhor, uma desordem generalizada.

Prever o que nos trará esta nova quadratura T cardinal, entre setembro de 2009 e de 2010, é um desafio bastante difícil, e como o passado sempre é uma boa base para o futuro vamos começar revendo algumas condições nas quais se instalou e desenvolveu a quadratura T formada pelos mesmos planetas em 1931.

A história mostra que a quebra da bolsa de New York era esperada, uma vez que a situação da economia vinha se deteriorando desde 1926 e isto se agravou no 2° trimestre de 1929.

Em nossa pesquisa verificamos que a quebra da bolsa, em 29 de outubro de 1929, foi puxada pelo eclipse anular do Sol de 01 de novembro, cuja trajetória de totalidade, no nascer do Sol, ocorreu próxima a Washington e New York, e por este motivo no Mapa do eclipse para esta cidade estava localizado no Ascendente.

Além do mais o eclipse a 8º 35’ de Escorpião, fez quadratura aos nodos do mapa dos Estados Unidos a 7° de Leão – Aquário no eixo 2-8 (04/07/1776 – 17:10 – Pensilvania).

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Naquele tempo, o ciclo Saturno – Urano, que reverbera fortemente na política e economia dos Estados Unidos, apenas começava a aproximar-se de sua quadratura decrescente. O clima cardinal formou-se em dezembro de 1929 com a entrada de Saturno em Capricórnio (Urano estava em Áries e Plutão em Câncer.


Sem duvida, na ocasião do crash de 1929, o presidente americano era Herbert Hoover que seguia uma linha republicana ortodoxa em termos econômicos e contrária à intervenção do estado nestes assuntos.Por este motivo, quando a crise ocorreu Hoover foi acometido de paralisia porque estava ideológica e psicologicamente desarmado para enfrentar a crise na ampla dimensão que ela assumiu.


Em 1930, influenciado pela grande indústria, Hoover se incompatibilizou com o mercado exterior criando a tarifa alfandegária Hawley Smoot cujo cunho protecionista evitava a entrada no mercado americano de bens duráveis europeus. Em represália uma muralha protecionista ergueu-se na Europa, que se fechou aos produtos americanos.

Vejamos algumas dentre as condições ocorridas entre o final de 1930 e no ano de 1931, enquanto a quadratura T atuava.


– Golpe de Estado no Peru força a renúncia do Presidente Leguía.
– Revolução no Brasil leva à demissão do Presidente Washington Luis e negociações diversas levam Getúlio Vargas ao poder.
– Falência de um importante banco austríaco (Credit Ahstalt)
– Em muitos países industrializados cerca de 25% da força de trabalho ficou desempregada.
– Comércio mundial reduziu 35%
– Inglaterra retirou-se do padrão ouro ocasionando a desvalorização da libra esterlina, que afetou o mundo inteiro.
– Renúncia do gabinete japonês de Ogashi Hamaguchi marcou o final da democracia constitucional.
– Japão invadiu a província chinesa da Manchúria estabelecendo um Estado vassalo.

Nos anos posteriores ao crash ocorreram mudanças importantes nos hábitos de consumo, mas o impacto da depressão não afetou todos os países igualmente. Algumas economias se recuperam de forma relativamente rápida e outras enfraqueceram ao longo da década, como foi o caso dos Estados Unidos, França e Alemanha.

As consequências da crise foram às seguintes:

A emergência, em quase todos os países, de movimentos de protesto tanto de esquerda como de direita que puseram à prova a estrutura política e social vigente.

Em grande parte da Europa e da América do Sul apareceram diversas formas de ditadura de direita, sempre associadas ao desastre econômico, portanto a depressão teve como resultado uma política reacionária.

Na Inglaterra e na França a democracia foi bastante forte para manter-se, mas na Alemanha, Áustria, Espanha, Portugal e diversos países do leste europeu apareceram regimes autoritários que amordaçaram qualquer tipo de oposição.

Em resumo, por causa da “grande depressão” não somente desmoronou o liberalismo econômico bem como as instituições políticas liberais. Contudo, o triunfo dos regimes autoritários não durou porque foram incapazes de impor uma nova ordem ou restaurar a antiga. Foi desta forma que sucumbiram, finalmente, com a segunda guerra mundial.

Aliás, no que se refere aos Estados Unidos a recuperação real da economia só ocorreu com a 2ª guerra, daí a consideração de que a “grande depressão” durou 15 anos.

Desenvolvimento dos aspectos na ocasião das duas quadraturas cardinais.

Sequencia das tensões 1930-1931

Ano de 1930
22/02 e 09/04 – 1ª e 2ª quadraturas Saturno – Urano
27/07 – 1ª oposição Júpiter – Saturno
05/09 – 1ª quadratura Júpiter – Urano
12/12 – 3ª quadratura Saturno – Urano

Ano de 1931
11/01 – 2ª oposição Júpiter – Saturno
02/02 – 2ª quadratura Júpiter – Urano
17/02 – 1ª oposição Saturno – Plutão
17/05 – 3ª quadratura Júpiter – Urano
27/05 – 1ª conjunção Júpiter – Plutão
10/06 – 3ª oposição Júpiter – Saturno
08/07 – 2ª oposição Saturno – Plutão
21/07 – 4ª quadratura Saturno – Urano
17/10 – 5ª quadratura Saturno – Urano
13/12 – 3ª oposição Saturno – Plutão

Sequencia atual das tensões

Restante do ano de 2009
10/07 – 2ª conjunção Júpiter – Netuno
15/09 – 3ª oposição Saturno – Urano
15/11 – 1ª quadratura Saturno – Plutão
21/12 – 3ª conjunção Júpiter – Netuno

Ano de 2010
31/01 – 2ª quadratura Saturno – Plutão
26/04 – 4ª oposição Saturno – Urano
23/05 – 1ª oposição Júpiter – Saturno
27/05 – Urano entra em Áries
06/06 – Júpiter entra em Áries
08/06 – 1 ª conjunção Júpiter – Urano
21/07 – Saturno definitivo em Libra
25/07 – 1ª quadratura Júpiter – Plutão
26/07 – 5ª oposição Saturno – Urano
03/08 – 2ª quadratura Júpiter – Plutão
16/08 – 2ª oposição Júpiter – Saturno
21/08 – 3ª quadratura Saturno – Plutão
19/09 – 2ª conjunção Júpiter – Urano

Quadratura T- 27/05/1931

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Para a próxima quadratura T tomamos uma data posterior à entrada definitiva de Saturno em Libra, 21 de julho, e também para poder incluir Marte, que ao entrar em Libra em 29 de julho se junta aos outros 04 por alguns dias.


Podemos observar que tanto os planetas envolvidos como as tensões que formaram a quadratura T cardinal de 1931 eram similares à nova quadratura, mas existem duas diferenças que consideramos fundamentais.


A primeira é que Plutão assume o focal no lugar de Urano. Sem dúvida, isto irá enfatizar a importância daquele planeta durante o período. Isto obrigará a tomada de consciência da necessidade de mudanças fundamentais em diversos aspectos da atividade humana, porém podemos ter que vivenciar crises não vistas, talvez, desde a 2ª guerra.


A segunda diferença é que Urano e Júpiter entram em Áries em conjunção.

Este encontro é progressista, mas com uma conotação de audácia, risco e extremismo. Sob condições de crise é explosivo porque provoca uma atmosfera de tensão aguda. Desta forma dará ao contexto um sentido de urgência e excitação, promovendo golpes de estado, revoltas, revoluções e acidentes tecnológicos. Vamos desenvolver outros aspectos da quadratura T e começaremos pela oposição Saturno – Urano, que no ano passado havíamos apontado como ponto de partida, a partir de setembro, para a esperada crise que seria provocada pelo estouro da bolha americana, porque além do ciclo possuir forte ligação com questões econômicas reverbera fortemente na economia americana. E o Lehman Brothers quebrou exatamente no dia da Lua Cheia em conjunção a Urano provocando um verdadeiro tsunami na economia mundial.

Podemos considerar que a atitude do Presidente Obama (eleito no dia da primeira oposição) e de outros governantes foi bastante diferente daquela do Presidente Hoover, uma vez que os governos interferiram com relativa rapidez e isto contribuiu para que a situação não tenha sido pior. Posteriormente, em março de 2009, a decisão dos integrantes do G20 de sustentar as instituições que pudessem ameaçar a frágil situação econômica mundial trouxe credibilidade e as bolsas começaram a recuperar-se, mas sua volatilidade é incontestável e a economia está longe da estabilização. Porém, como na “grande depressão”, os países não foram afetados do mesmo modo. Estados Unidos e Inglaterra estão em condições piores.

Vamos relembrar algumas dentre as condições prometidas pela oposição Saturno – Urano que já ocorreram. Contudo, não podemos esquecer que ocorrerão mais três aspectos exatos: 15/09/2009 – 26/04 e 27/07/2010


– Quebra de instituições financeiras e de grandes empresas. Outras passaram para as mãos dos governos, como o caso da GM americana.
– Instabilidade em empregos e menos oportunidades.
– Acidentes e desastres tecnológicos. Dois satélites de comunicação se chocaram sobre a Sibéria e dois submarinos nucleares bateram, felizmente sem vítimas. Ocorreram diversos desastres de avião, sendo o daAir France o pior, exatamente no momento em que a Lua, saindo da conjunção a Saturno, encontrava-se no ponto médio da oposição.
– A Coréia do Norte abalou o mundo com o lançamento de diversos mísseis.
– Protestos contra governos. agora no Irá.
– Terremoto na Itália.
– Gripe

Com relação à pandemia, nas previsões para o ano de 2006 citamos que por ocasião da segunda gripe das aves em 2005, a Organização Mundial da Saúde divulgou que a humanidade estava em vias de uma grande epidemia, porque isto ocorre a cada 40 ou 50 anos e a última foi em 1966, mas a mesma organização informou que não seria possível prever quando e nem com que intensidade a gripe poderia aparecer. Achamos que poderia aparecer em 2006, com Plutão no centro da galáxia e em quadratura aos nodos no eixo Virgem, Peixes, ligados e epidemias Mas, surgiu com Urano e Saturno neste eixo. Porém dada sua rapidez de propagação, a divulgação inicialmente inflacionada e a baixa mortalidade, nos parece que a conjunção Júpiter-Netuno do participando do contexto, além do mais está em semi-sextil e mútua recepção com Urano.

Esta conjunção, que promove esperança, otimismo e movimentos de solidariedade, também pode estar presente em tempos de algum sofrimento coletivo.

Contudo, como estava previsto, em termos econômicos a atuação da conjunção inflacionou o otimismo e trouxe uma visão coletiva de que o pior já passou e que a retomada está próxima, alguns acham até será já no próximo trimestre.

Sem dúvida, não podemos deixar de considerar que a fé e o otimismo são muito positivos, especialmente após os sustos e a instabilidade na qual nos encontramos, mas a ilusão e a euforia são perigosas nestes tempos.

Alguns dados divulgados na semana que passou (22 a 27 de junho) confirmam o desenvolvimento da crise.


– Segundo as estimativas da ONU a fome alcança um bilhão de pessoas, 1/6 da população mundial, 11% a mais que em 2008, em função da redução de ajuda por parte dos países ricos.
– O comércio mundial regrediu aos padrões de 2006.
– Diversos países reduziram suas estimativas de crescimento, inclusive a China, que em Davos afirmou que sustentaria o mundo este ano.
– O desemprego cresceu, especialmente nos Estados Unidos, Inglaterra e Espanha.

O Global Europe Anticipation Bulletin (GEAB) um grupo que faz previsões econômicas, chama a atenção para o fato do agravamento da crise estar sendo encoberto por um movimento de euforia exagerada.

Este grupo chama atenção para uma questão que tem estado no centro dos debates internacionais: uma possível incapacidade dos Estados Unidos e Inglaterra para financiarem seus desenfreados déficits públicos.

Aliás, parece mesmo muito difícil o homem acertar a medida. Se em 1929 e 1930 a falta de investimentos intensificou a crise, agora a critica dos economistas refere-se aos governos terem aberto seus cofres em excesso. Esta foi considerada uma opção de alto risco que tende a levar a uma crise posterior.

O grupo GEAB também aponta para a possibilidade da ocorrência de convulsões políticas e sociais e aumento do desemprego, em setembro e outubro próximos, e esta situação poderá levar a uma deterioração significativa.

Quanto ao desemprego, embora a ênfase tenha sido colocada em setembro e outubro, o GEAB indica três etapas para seu desenvolvimento:

Setembro e outubro – Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda e Espanha.

Final de 2009 – China, Sudeste da Ásia, América Latina, membros recentes da Comunidade Europeia, Turquia e África.

Começo de 2010 – Principais países da comunidade europeia, Dinamarca, Suécia e Japão.

De qualquer forma, a previsão para setembro e outubro coincide com o período da terceira oposição Saturno – Urano e o início da quadratura Saturno-Plutão, que poderá ser puxada pela Lua Nova de 18 de setembro, formando então a quadratura T. Portanto outros enfoques coincidem com a visão astrológica.

Isoladamente a quadratura do ciclo Saturno-Plutão nunca é fácil para a humanidade e seu último enfrentamento, em 2001 e 2002, é inesquecível. Agora, em superposição à oposição Saturno – Urano, sem dúvida, será mais forte na promoção de convulsões econômicas, políticas e sociais, porque em função da participação de Urano, os princípios de liberdade e mudança se contrapõem às forças de controle e resistência.

Com Plutão atuando como ator principal em cena, a questão especifica pode estar na concentração de poder nas mãos de poucos e também no controle dos cidadãos por parte dos governos, mas Urano não aceitará as imposições e promoverá muitas tensões para forçar as mudanças. Devemos nos deparar com mudanças forçadas de governantes e também de dirigentes de grandes empresas.

O ciclo Saturno – Plutão também é importante em termos econômicos e na quadratura decrescente é mais recessivo, tendendo para a redução de atividade nos negócios e para o aumento dos gastos públicos e consequentemente o aumento de impostos ou a emissão de bônus de tesouro do país. Assim, o endividamento tende ao recorde, inclusive em termos individuais.

Sem duvida, quanto maiores os gastos maior o custo do endividamento e já vimos que este já é um problema grave para Estados Unidos e Inglaterra.

Em sua campanha Obama prometeu reduzir os impostos e se não o fizer provavelmente seu partido perderá o controle do congresso nas eleições de 2010, como ocorreu com Bull Clinton em 1994.

Mas, neste caso, a participação da oposição Saturno-Urano poderá ter um papel interessante por sua possibilidade para promover soluções inovadoras e revolucionárias, que se apresentadas em um contexto bem embasado e para implantação imediata deverão ser bem recebidas.

Outra questão do ciclo Saturno-Plutão é a exacerbação da intolerância e do fanatismo, ocasionando problemas referentes a fronteiras e confrontos muito duros que tendem a conflitos armados.

Sem dúvida, tanto a Coréia do Norte como o Irã são preocupantes por seus posicionamentos políticos relativos a questões nucleares, além do mais a primeira tem Urano a 0° de Câncer (já ativado por Plutão e depois o será por Saturno, Urano e Júpiter) e o segundo com a Lua em 6° de Áries, a partir do final do ano será ativada por Plutão. Também pode ocorrer um novo ataque de Israel ou pode reaparecer a questão da fronteira entre Índia e Paquistão.

A China (01/10/1949 15:15 – Pequim) reverbera com o ciclo Saturno – Plutão, além do mais o mapa do pais possui Urano a 5° de Câncer e o Sol a 7° de Libra, portanto no final de 2009 Plutão já estará ativando a quadratura e poderá expor o pais a uma crise, que pode ser do próprio regime ou uma tensão diplomática.

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Em função de 2001 também pode ocorrer um relançamento do terrorismo, que naquele ano foi o marco da oposição.


Finalmente, este ciclo nos levará à constatação da falta de recursos e com isto o petróleo poderá volta a subir de preço, mas também acentuará problemas geológicos tais como tremores, terremotos, erupções vulcânicas etc…


Positivamente, o ciclo puxará a necessidade do fortalecimento da defesa do meio ambiente, da chamada economia verde e do movimento em prol do desenvolvimento de recursos para a geração de energias alternativas.
A partir de maio de 2010 Júpiter entra no circuito e promove a quadratura T com seus 06 ciclos dissonantes e entre maio e agosto será difícil dizer que ciclo está predominando. Primeiro, em conjunção a Urano, Júpiter exacerba a oposição a Saturno e depois a quadratura deste a Plutão.


Não podemos deixar de ressaltar que o ciclo Júpiter-Saturno reverbera fortemente na Europa e o atual, que teve início em maio de 2000, também reverbera nos Estados Unidos, porque no mapa da conjunção se localizou no Meio do Céu em Washington. Além do mais, em 2010, a oposição Saturno – Urano irá localizar-se no eixo Meio do Céu – Fundo do Céu do Mapa dos Estados Unidos.


A oposição Júpiter – Saturno, que reverbera na Comunidade Europeia, conjugada com Urano e Plutão, pode indicar um problema em seu interior, ou entre esta comunidade e os Estados Unidos, possivelmente devido a um conflito de interesses.


A participação de Júpiter irá promover também a quadratura Urano – Plutão, em orbe na ocasião, mas cujos aspectos exatos, 07, só ocorrerão entre 2012 e 2015.
O ciclo entre Urano e Plutão é indicativo de quebra e destruição repentina.


Dentro das tensões gerais o ciclo indica revezes em projetos ambiciosos ou obstáculos ao progresso. Na opinião do mestre francês André Barbault podem ocorrer problemas em projetos espaciais, especialmente quando incluírem a participação de astronautas.


Contudo, como os computadores pessoais foram criados na conjunção da década de 60 e o vírus apareceu na semi-quadratura, pode surgir algum novo problema. Talvez com a chamada “nuvem” que deverá englobar muitas tecnologias.


Nestes tempos, a humanidade poderá estar descontente com o preço que precisa pagar pelo progresso que promoveu e ao qual está submetida.

Também pode ser que a poluição volte à ordem do dia e para a China isto será um problema.

A partir de dezembro de 2009 a passagem do Sol pelos pontos dos equinócios e solstícios ativará as tensões da quadratura T e, como colocamos acima, entre os últimos dias de julho e o começo de agosto é Marte que em sua entrada em Libra ativa a figura.

A historia poderá repetir-se em nossos tempos, pois a crise econômica deverá ser a locomotiva de uma cadeia de perturbações. Como afirmamos antes, não é possível precisar a natureza dos eventos que poderão desenvolver-se, até porque eles também dependerão das políticas que serão adotadas para colocar o mundo financeiro na linha, mas de qualquer forma sabemos que temos pela frente um grande desafio, porque além de econômica a crise é política, social e de sustentabilidade do nosso planeta.

Contudo, podemos nos animar porque ainda estamos em um tempo de crescimento, invenções e progresso, uma vez que, Urano, Netuno e Plutão, entre eles, estão em fase crescente. As tensões atuais e próximas fazem parte de um caminho para uma civilização mais avançada que a do século passado, embora o fato de Saturno estar em sua fase decrescente com os três mais lentos possa fazer parecer que estamos voltando a um tempo de escuridão, mas há um futuro a nossa frente.

Na verdade, possivelmente a atual ainda não será a crise que promoverá a mutação capital da história mundial. Isto só deverá ocorrer em 2020, quando acontecerá uma tríplice conjunção Júpiter, Saturno e Plutão, ainda em Capricórnio. E pouco depois a conjunção Júpiter – Saturno a 0° de Aquário abre um ciclo de 200 anos de conjunções no elemento ar. Ali sim uma nova civilização deverá desenvolver-se, possivelmente com a supremacia internacional da China e talvez com a participação da Índia e, quem sabe também do Brasil.

E individualmente? Como podemos nos posicionar frente a crise atual.

Antes de qualquer coisa podemos lembrar que tempos de crise são tempos de mudança de padrão, e por este motivo é preciso enfocar o futuro de modo diferente, com abertura para o novo e para promover mudanças, mas procurando evitar o estresse.

Além do mais, tempos de crise também são tempos de oportunidades e de crescimento. Saber tirar partido da crise depende da capacidade pessoal para inovar, recriar e reconstruir.

A prova disto de que isto é possível é a informação divulgada esta semana de que em 2008 o número de milionários brasileiros, aqueles que ganham por ano mais de um milhão, cresceu 19%.

Bibliografia
Évolution Géopolitique Mondiale – Charles Ridoux
La Crise Mondiale de 2010 – 
www.andrebarbault.com
Les 20 Premiéres Années du 21éme Siécle – Huguette Hirsig
Prévisions Astrologiques pour le Nouveau Millenaire – André Barbault
Proyecciones Económico-Financieras 2009 -Raymond Merriman

 

Rio de Janeiro, 7 de julho de 2009

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