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Eclipses Conversos com Relação à Cidade de São Paulo, o Princípio de uma Retificação em Astrologia Mundial

Autor: Adolfo Gerez (Argentina) em 26 de fevereiro de 2008

(Palestra do 9º simpósio do SINARJ – Agosto 2007)
 

Nota do autor: O trabalho “Interpretação atual dos Eclipses” foi exposto no 3º Encontro de Astrólogos de Ge-A (Buenos Aires, 1999). A seguir foi apresentado “Eclipses conversos em Astrologia Mundial” (Premio de excelência astrológica no 9º Encontro de Astrólogos, Ge-A 2005). Destes trabalhos foram extraídas a ideia central e as conclusões aplicadas, agora, à cidade de São Paulo. O trabalho sobre Eclipses conversos surgiu da investigação e é um complemento à prática anterior.
 

Desde sempre os astrólogos têm pretendido que o céu permita antever o futuro. Mas nem sempre encontramos as respostas para todas as perguntas. Em algum momento alguém encontrou essa correspondência entre o céu e a terra, porém quando forçamos para que nos dê uma resposta, nem sempre resulta assim. As técnicas em Astrologia estão em permanente questionamento e as abordagens de suas leituras também.
 

Utilizando a tradicional técnica de Eclipses já há algum tempo, com frequência me deparava com a dificuldade de encontrar o momento adequado para determinar um evento. Embora, como sabemos, quando o evento já ocorreu é fácil definir os elementos que motivaram a ação. Porém, predizer corretamente parece ser de uma outra época, apesar dos elementos técnicos com que contamos atualmente.

Entretanto, se o céu se dispõe a nos responder, eu me pergunto: não seremos nós (os astrólogos) que não escutamos as respostas ou que não as sabemos ver?

A referência mais próxima que tenho sobre Eclipses conversos é de Alexander Marr, que em seu livro “Political astrology ‑ Analysis and Prediction” faz uso prático dos eclipses conversos a partir da data de “nascimento” de um estado ou república. Esta técnica é uma extensão aos trânsitos e progressões conversas que se aplicam a um mapa natal. Agora vamos aplicá-la, ou continuar aplicando-a, para entender os acontecimentos que ocorrem ou ocorrerão em um país. Quer dizer, para a Astrologia Mundial.

Os dados que nos fornecem os trânsitos conversos são absolutamente complementares aos trânsitos diretos. De alguma forma “o céu” se dispõe a mostrar-nos a possibilidade de um evento concreto.

Para aquelas nações que têm um mapa natal podemos fazer uma corroboração ainda mais interessante. Porém, sempre ficavam para trás aquelas que não têm uma data determinada de início de sua criação, seja por independência ou algum tratado, ou, ainda pior, quando há data da criação do estado vigente e não há determinação de uma hora exata, porque a historia pode engoli-la e perde-la no tempo.

Com esta técnica de Eclipses, Luas Novas e Cheias conversas, podem começar a ser ajustados alguns horários pouco definidos ou simplesmente usar (se existir) a data da independência. Quer dizer, levantamos os Eclipses, Luas Novas e Cheias para a capital do estado e logo encontramos sua correspondência conversa.

A correspondência conversa: o cálculo

Um Eclipse, Lua Nova ou Cheia conversa não é mais que aquele Eclipse, Lua Nova ou Cheia que se assemelha no tempo à uma data direta a partir do momento do nascimento.

Como encontramos isto? O cálculo é relativamente simples. A mesma quantidade de dias que transcorreram a partir do momento do nascimento é trasladada para trás e encontramos uma data equivalente em quantidade de dias (meses e anos) a qual denominamos Data conversa.

Um exemplo disto para um cálculo manual pode ser:

1º Passo 1992- 03-17 (Data do atentado à embaixada de Israel em Buenos Aires)

1816- 07- 09 (Dia do nascimento da Argentina)—————175 08 08 (Anos, meses e dias transcorridos)

Esclarecimento: 03 (Março) é menor que 07 (Julho), então, retiro 01 de 1992 (1992 torna-se 1991) e somo 12 meses a 03, portanto, 03 se transforma em 15 – 7 que resulta em 08.

2º Passo 1816 07 09 (Dia do nascimento da Argentina)

– 175 08 08 (Anos, meses e dias transcorridos)—————1640 11 01 (Data conversa)

Esclarecimento: 07 (Julho) é menor que 08 (Agosto), então, retiro 01 de 1816 (1816 torna-se 1815) e somo 12 meses a 07, portanto, 07 se transforma em 19 – 8, que resulta em 11. Quando passamos do ano para meses consideramos 12 meses e quando passamos de meses para dias consideramos 30 dias.

Conclusão: Data direta do atentado é 17-3-1992 e sua data conversa é 1-11-1640

Desta maneira estamos prontos para encontrar os Eclipses conversos e as Luas Novas e Cheias correspondentes ao país ou cidade em questão, para uma data direta dada.

Interpretação e uso dos Eclipses conversos

Os Eclipses conversos se constituem em uma data “exclusiva” para o mapa natal que estamos observando. “Exclusiva” para esse ponto de nascimento. Porque a data direta corresponde a uma quantidade de dias para “frente” e a data conversa se corresponde a uma mesma quantidade de dias para “trás”, que não é igual para qualquer pessoa ou estado. Assim se observa que se refere a um destino único ou caminho pessoal singular, dependendo da data de nascimento que seja tomada como referência.

Os Eclipses ou Lunações conversas nos ajudam a corroborar observações em Eclipses ou Lunações diretas. Se bem que o céu é distinto, muitas vezes há correlações interessantes que confirmam eventos a posteriori. E, em alguns casos, o simples fato de observar os trânsitos conversos já nos ajuda a entender porque “não vemos” coisas que estão se passando.

Nem sempre os Eclipses diretos se correspondem com os Eclipses conversos (lembrando que a palavra Eclipse refere-se aos Eclipses do Sol e da Lua), é mais comum que se correspondam com Lunações (Luas Novas e Cheias) que não são Eclipses.

Dentre algumas das conclusões a que cheguei, se insere a seguinte: em geral, os eventos que ocorrem em uma Lunação direta à qual não daríamos maior importância segundo as regras tradicionais, em uma data conversa correspondem a um Eclipse. Isto significa que, quando, às vezes, vemos uma Lunação direta e não lhe damos relevância maior por não ser um Eclipse, resulta que, na forma conversa, É um Eclipse.

Sabemos que, como já foi dito, os Eclipses têm a importância do obscurecimento parcial ou total do Sol, Lua e Terra (dependendo da declinação dos luminares). Nas Luas Novas e Cheias não se produz tal obscurecimento, portanto, muitas vezes, não lhe damos a importância merecida, entretanto se ocorre, por movimentos conversos um Eclipse evidencia o evento de maneira mais que direta.

No que se refere ao cálculo, vai depender do ângulo formado pelos luminares no mapa natal em questão. Desta forma poderá ou não ser mais fácil o caminho para encontrar o equivalente converso. Quer dizer, em um país que nasce em uma Lua Nova (ou próximo desta) 14 dias após haverá uma Lua Cheia e uma outra análoga, porém, conversa.

Um país que nasce em uma Lua Cheia (ou próximo desta) tem pela frente, poucos dias após, uma Lua Nova e para trás outra Lua Nova. É interessante observar se o país ou cidade em questão não nasceu imediata ou anteriormente a um Eclipse do Sol e Lua, como é o caso da Argentina ou outros países.

Resumo da leitura dos Eclipses em Astrologia Mundial:

• A Astrologia Mundial tem um enfoque coletivo e não individual. Analisaremos mapas individuais quando algum personagem, de alguma maneira, for importante para um dado coletivo (políticos, chefes de estado, reis, notoriedades, etc.)

• Existem várias técnicas para a observação mundial (Ciclos, o ingresso do Sol em Áries, etc.). Em nosso caso só vamos considerar os Eclipses.

• O Astrólogo mundial deve estar a par de tudo o que se passa “no céu”, porque qualquer estacionamento, mudança de Signo ou Casa, aspectos entre planetas lentos (a técnica dos Ciclos), etc., resulta em informação vital.

• Usamos a data e a hora (em TU, Tempo Universal) dos Eclipses apresentados nas efemérides. Não há fuso (TU), portanto, não se deve somar nem diminuir nada.

• Vamos interpretar em primeiro lugar os aspectos que o próprio Eclipse recebe (sua estrutura básica) ou as configurações nas quais intervenha; isto dará um “tom” ao fenômeno celeste.

• Uma vez estudada a “estrutura básica” do eclipse, vamos ver sua domificação (casas) para um dado lugar. A domificação será particular para cada lugar e isto diferencia a efetividade do eclipse. A Casa onde o Eclipse se localiza, sua angularidade, ou não, sua proximidade de uma cúspide, etc. A domificação vai fazer variar o efeito do Eclipse para cada lugar, o restante dos planetas (com suas configurações) será igual para todo mundo.

• Podemos ter ou não o mapa natal do país ou cidade. Se não o tivermos usaremos apenas o mapa do Eclipse. Com esta opção estamos sendo parciais porque não temos um mapa de base, mas podemos contar com uma importante informação.

• Se tivermos o mapa do país ou cidade, o comparamos com o do Eclipse. A comparação, em primeira instância, é por conjunção, quadratura ou oposição a algum ponto natal. A Casa natal onde cai o Eclipse, uma cúspide, um planeta, etc.

• Devemos considerar os trânsitos com relação ao mapa do país ou cidade a estudar. Os trânsitos podem combinar com os Eclipses e é ali que tendem a ocorrer os eventos.

• Existem algumas técnicas para ver quando um Eclipse pode ser despertado; uma delas é a análise das Luas Novas e Luas Cheias posteriores aos Eclipses; outra é a passagem de Marte, formando aspecto com o ponto do Eclipse (geralmente por conjunção, oposição ou quadratura).

• Comparamos as Lunações com os Eclipses.

• Comparamos o mapa do Eclipse em relação ao mapa natal do país ou cidade que nos interessa.

Eclipses diretos e conversos com relação à cidade de São Paulo

Durante o ano de 2006 e em parte de 2007, os paulistas foram aterrorizados fundamentalmente por um grupo autodenominado Primeiro Comando da Capital (PCC). Durante e após a transferência de mais de 70 presos e do isolamento de seus chefes em cárceres de segurança máxima, foram cometidos vários atentados na cidade.

O jornal argentino CLARIN publicava o seguinte em 15-5-2006:

O PÂNICO DOMINA SÃO PAULO: há 81 mortos, 60 ônibus incendiados e 16 bancos atingidos.

A onda de violência se iniciou quando foram transferidos os criminosos presos, entre eles o chefe principal do cartel da droga no Brasil. Há dezenas de penitenciárias tomadas, com mais de 200 reféns. Hoje o transporte esteve paralisado. Segundo a Folha de São Paulo, desde sexta-feira já foram cometidos mais de 180 ataques. Já são 81 os mortos pela violência desencadeada em São Paulo, que alcançou sua terceira jornada consecutiva. Hoje, 60 ônibus e 16 bancos foram incendiados em numerosos ataques atribuídos ao Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo informou a Secretaria de Segurança deste estado brasileiro. Os motins continuam, porém caíram para 29 as prisões tomadas, onde os presos mantêm uns 120 reféns. Quase 3 milhões de paulistas viveram a paralisação quase total do transporte e o fechamento de terminais, o que provocou um caos na cidade durante toda o dia.

Uma “Guerra”. O comandante geral da Policia Militar, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, admitiu esta tarde que as forças de segurança do Estado estão “em guerra ” contra o crime organizado, e informou que se prepara uma operaçãode combate para a madrugada de amanhã. Mais de 140 carros de assalto das polícias militar e civil partiram esta noite de suas bases para repelir a violência: “Estamos em guerra. Vamos ter mais baixas, porém não vamos retroceder”, afirmou o coronel em uma entrevista à imprensa …”

Na página web www.26noticias.com.ar, em 24-2-2007 encontramos a seguinte noticia:

“BRASIL EM ESTADO DE ALERTA. Retorna a violência a São Paulo: três ônibus incendiados e um policial baleado. Todos os incidentes se registraram na zona sul da capital. Antes de incendiar os ônibus, os atacantes – que se locomoviam em motocicletas – fizeram descer os passageiros, o motorista e o cobrador. Há quatro suspeitos detidos pelos incidentes. Os atentados não deixaram vítimas e a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo disse que os casos “ainda estão sendo investigados e qualquer hipótese sobre sua origem pode ser precipitada”. No ano passado grupos criminosos lançaram ataques contra objetivos policiais e civis, entre eles ônibus, que deixaram um saldo de quase 200 mortos. Pouco depois dos atentados desta madrugada foram detidos quatro suspeitos. O secretário de Segurança Pública do Estado, Ronaldo Marzagão, assegurou que a polícia se encontra em estado de alerta, sem descansos, para evitar novos ataques.

“Estamos em um nível intermediário (de alerta), acima do normal, porém ainda em um nível intermediário. Todas as hipóteses (sobre a natureza dos atentados) estão sendo examinadas, por agora não há definições e se permanece investigando”, disse Marzagão.”

São Paulo hoje é uma cidade moderna, que começou como uma pequena vila chamada São Paulo de Piratininga. Foi, originalmente, um colégio jesuíta fundado em 25 de Janeiro de 1554 para evangelizar os povos indígenas da região.

Conseguir um horário de fundação de cidades tão antigas como São Paulo pode ser uma tarefa difícil. Se quisermos aplicar a técnica de Eclipses conversos não necessitamos do mapa natal da cidade. Apenas a data da fundação nos basta, quer dizer, só necessitamos um ponto de referência para corroborar a correspondência no tempo passado. No caso de não termos a hora, usaremos apenas o mapa do Eclipse levantado para a cidade em questão. Desta maneira estaríamos vendo como o Eclipse afetou a cidade. Assim estamos sendo parciais porque não temos um mapa de base. Se tivermos o mapa do país ou cidade podemos compara-lo com o do Eclipse. No caso de existir apenas uma hora aproximada, os Eclipses diretos e conversos podem ser utilizados para retificá-la.

Segundo as referências, o horário aproximado da fundação de São Paulo é 6 da manhã. Considerando isto encontramos um Ascendente em 18º18’ Aquário, com Marte angular em 19º08’ Aquário; Mercúrio a 17º59’ R Aquário e o Sol 15º06’ Aquário, ambos pela Casa 12; enquanto Netuno se encontra em 12º38’ de Touro na Casa 3. Nos últimos dois anos Netuno esteve em conjunção, por trânsito, com o Sol, Mercúrio e Marte de São Paulo. É recorrente, em Astrologia Mundial, ver o contato planetário entre Marte e Netuno quando temos ocorrências de delitos e marginalidade, ainda mais quando esta tem sua origem no narcotráfico.

Se fizermos os cálculos para encontrar a data conversa da Lua Nova e Cheia anteriores ao primeiro ataque à cidade, encontramos o seguinte:

Lua Nova 27-04-2006 = Eclipse do Sol 24-10-1101

Lua Cheia 13-05-2006 = Lua Cheia 08-10-1101

Partindo da data de fundação da vila São Paulo de Piratininga, em 25-1-1554, contamos para trás o mesmo tempo transcorrido para frente. Desta maneira vemos que a Lua Nova de Abril corresponde a um Eclipse do Sol que afetou sensivelmente alguns pontos da cidade.

VER MAPAS NO FINAL DO TEXTO

Lua Nova 27-04-2006 (TU: 19:44:59 pm São Paulo 23º32’S e 46º37’W, ASC 20º19’ Libra)

Lua Nova propriamente dita: A própria Lunação não nos dá muitas indicações. Só podemos ver Plutão (26º32’ R Sagitário) na Casa 3; Marte (08º01’ Câncer) quase angular em relação ao MC (14º04’ Câncer).

Lua Nova em comparação com o mapa de São Paulo: Desde que Netuno, em trânsito em 2006, alcançou por conjunção o Sol e agora Marte (15º a 19º Aquário), a delinquência, seguida do narcotráfico, se apoderou das ruas e durante 2007, os ataques se repetiram pelo menos 4 vezes com diferentes magnitudes. Urano (13º39’ Peixes) se aproximava da conjunção por trânsito ao Saturno natal (em 14º48’ Peixes), desobedecendo qualquer autoridade.

Eclipse do Sol 24-10-1101 (TU: 09:18:29 am São Paulo, 23º32’S e 46º37’W, ASC 22º35’ Escorpião)

Eclipse do Sol propriamente dito: Aqui ocorre que uma Lua Nova ou Cheia, sem nenhuma importância em sua fase direta, termina sendo um Eclipse, neste caso do Sol, em sua fase conversa. O Eclipse do Sol apresenta um stellium na Casa 12; esta casa sempre foi interpretada com relação a lugares de isolamento e problemas. Dentro do grupo de planetas podemos ver Vênus (26º20’ Libra), Mercúrio (03º20’ Escorpião), Nodo Norte (06º43’ Escorpião), o Eclipse do Sol (07º17’ Escorpião) e Saturno (13º56’ Escorpião). O ponto médio entre o Eclipse e Saturno (10º37’ Escorpião) está em quadratura ao MC (09º19’ Leão). Netuno (12º43’ Leão) está em conjunção ao MC e em quadratura ao Eclipse e Saturno. Isto implicaria na repressão (Saturno) de líderes do narcotráfico (Netuno), em um âmbito carcerário (Casa 12)

Eclipse do Sol comparado com o mapa de São Paulo: O stellim de Casa 12 do Eclipse do Sol, se situa sobre a Casa 9 (questões legais, juízos, etc.) do mapa de São Paulo, colocando Saturno (13º56’ Escorpião) sobre o MC (16º21’ Escorpião) da cidade. É notório que a cidade estava no trânsito converso de Netuno (12º43’ Leão) em quadratura a sua própria posição natal lugar (12º38’ Touro). É interessante destacar que Plutão se encontra em 12º19’ R Áries, muito perto da Casa 3 (14º12’ Áries) da cidade de São Paulo; a quase conjunção com a cúspide desta casa pode ser significativa para uma possível retificação se movermos ligeiramente a hora para trás. Recordamos que, durante esta ofensiva, o terror se apoderou das ruas; morreram quase 200 pessoas, entre civis e policiais, foram atacados ônibus, bancos, lojas e o transporte público foi suspenso durante vários dias.

Lua Cheia 13-05-2006 (TU: 06:51:56 am São Paulo, 23º32’S e 46º37’W, ASC 15º47’ Áries)

Lua Cheia propriamente dita: Aqui encontramos a Lua Cheia (22º23’ Escorpião) na Casa 8 em quadratura a Netuno (19º48’ Aquário) sobre Marte/Ascendente da cidade de São Paulo. Nesta Lua Cheia, Marte (17º08’ Câncer) se encontra angular na Casa 4 (15º55’ Câncer). Gerando, ambos os contatos, muito pânico entre os habitantes.

Lua Cheia em comparação com o mapa de São Paulo: Netuno esteve em conjunção por transito ao Marte paulista em Abril de 2005, desde então estes dois astros tiveram vários contatos. Um deles por tríplice quadratura, desde Agosto de 2005 até Janeiro de 2006, quando Marte esteve retrógrado no signo de Touro; passando à oposição em Julho de 2006 e à uma nova conjunção em Março de 2007. Quer dizer, enquanto Netuno transitava a tríplice conjunção dos planetas em Aquário de São Paulo, Marte fazia aspectos tensos a este lugar.

Lua Cheia 09-10-1101 (TU: 00:15:30 am São Paulo, 23º32’S e 46º37’W, ASC 03º20’ Gêmeos)

Lua Cheia propriamente dita: Nesta Lua Cheia conversa há apenas um contato em destaque, a presença de Urano na Casa 12 (rebelião no cárcere).

Lua Cheia em comparação com o mapa de São Paulo: A Lua Cheia (21º51’ Áries) ocorreu na Casa 3 em oposição ao Urano da cidade. Também podemos justificar a morte de civis quando observamos a comparação da posição de Marte (15º30’ Virgem) na cúspide da Casa 8 (14º26’ Virgem) da cidade. Isto é um outro elemento que faz pensar na possibilidade de que a hora possa ter um pequeno deslocamento.

Conclusão

Obviamente este tema precisa continuar a ser aprimorado porque, se já é custoso observar os Eclipses “diretos”, é ainda mais complexo compará-los com os conversos.

Os trânsitos descritos neste trabalho são os mais significativos, porém não os únicos. Portanto, as conclusões até aqui seriam as seguintes:

• Muitas dentre as Lunações diretas, que não consideramos importantes por algum motivo, terminam sendo porque em sua fase conversa são Eclipses.

• Nem sempre uma Lua Nova ou Cheia é um Eclipse da Lua ou do Sol converso e vice-versa, porém os trânsitos conversos podem estar indicando algo importante. Se não os observarmos, perderemos informações.

• Utilizando este enfoque não necessitamos do mapa natal do país. Ter a data da independência é o bastante, quer dizer, só necessitamos de um ponto de referência. E quem sabe este seria o principio de uma retificação.

• Outro ponto que se conclui do empírico é que os países que possuem contatos Sol–Lua, respondem melhor a estas técnicas.

Adolfo Gerez é professor do Centro Astrológico de Buenos Aires (CABA)


Bibliografia:

Political Astrology ‑ Analysis and Prediction / Alexander Marr

Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 2008

É proibida a reprodução total ou parcial deste texto.

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