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Eclipses – Seus Ciclos e Sequência no Mapa Natal

Autora: Celisa Beranger em 25 de setembro de 2009

(Palestra no II Congresso Internacional de Cosmobiologia  25/09/2009 – Arequipa – Perú)


Os eclipses são, na verdade, Luas Novas e Cheias especiais. Quando ocorrem os eclipses, o Sol, a Terra e a Lua estão perfeitamente alinhados sobre o plano da eclíptica e foi este fato que deu ao caminho aparente do Sol a designação de eclíptica – quer dizer, o plano onde ocorrem os eclipses.

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Para que ocorra um eclipse é preciso que a Lua, cuja latitude varia entre 5° norte e 5° sul, esteja situada muito próxima da latitude zero, portanto na eclíptica, onde está o Sol, que não tem latitude. Podemos dizer então que é a posição da Lua que promove os eclipses.

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Além disso, como os nodos lunares são os dois pontos de encontro da órbita da Lua com a eclíptica, os eclipses ocorrem sempre perto destes nodos (até 10° para eclipses totais e 18° para os parciais do Sol, e até 5° para os totais e 12° para os parciais da Lua).

Os eclipses constituíam a fonte de presságios mais importante da Babilônia porque eram considerados como sinais muito especiais do céu para indicar acontecimentos coletivos muito marcantes: guerras, fome, epidemias, nascimento ou morte de reis ou outras pessoas de grande importância.

Algumas vezes as pessoas nascidas em dias de eclipses do Sol deixam sua marca na humanidade. Isto talvez seja devido a que se trata de pessoas mais ousadas.
Por exemplo: Alexandre o Grande e Karl Marx nasceram em dias de eclipses do Sol. O Papa João Paulo II teve tanto seu nascimento como sua morte marcada pelos eclipses. Ele nasceu em 18 de maio de 1920 e morreu em 02 de abril de 2005. Seu enterro foi no dia do eclipse total do Sol de 08 de abril.

A família real da Inglaterra tem uma forte marca de eclipses. O futuro rei, príncipe William da Inglaterra, nasceu em dia de eclipse solar, 21 de junho de 1982. Sua mãe, a princesa Diana, morreu em 31 de agosto de 1997, véspera de um eclipse do Sol. Seu pai, Charles, queria casar-se com Camila Parker Bowles no dia 08 de abril de 2005, dia do eclipse solar e do enterro do Papa. As bodas não foram nesse dia porque Charles teve que representar sua mãe no enterro.


Os computadores permitiram a descoberta da trajetória de visibilidade dos eclipses em qualquer tempo. As investigações têm demonstrado que, para as pessoas nascidas em dia de eclipse solar, algumas vezes a visibilidade vincula a pessoa aos lugares percorridos pelo eclipse de seu nascimento.


Por exemplo, Alexandre o Grande conquistou com seus exércitos todas as áreas do trajeto do eclipse de seu nascimento. O eclipse do dia de nascimento de Karl Marx obscureceu toda a Rússia, país que foi muito mais impactado por seus escritos do que Alemanha ou França, os países que ele havia pretendido afetar. 

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Os ciclos dos eclipses 


A importância dada aos eclipses fez com que os grandes observadores e compiladores da Babilônia, já no século VI a.C., descobrissem que os eclipses não são aleatórios, mas possuem um ciclo próprio, que é conhecido como ciclo de Saros. Este ciclo é constituído por diversas séries, cada uma composta por 70 ou 71 eclipses e, em sua totalidade, a serie dura cerca de 1260 anos.


A Astrologia utiliza, unicamente para os eclipses solares, 38 séries de Saros, 19 de nodo norte e 19 de nodo sul, indicando o polo da Terra onde a serie têm início.
Os eclipses de uma dada série começam em um polo como parciais, depois na medida em que vão baixando em latitude, passam a ser anulares, continuam baixando e, ao se aproximarem do Equador, são totais. Já no outro hemisfério seguem como totais, depois passam a ser anulares e, ao se aproximarem do polo oposto, voltam a ser parciais, até que a série termina.

Muitos anos antes do término de uma série, sua substituta começa. Por isso algumas vezes ocorrem dois eclipses em lunações sucessivas, como ocorreu agora com os eclipses lunares de 7 de julho, em 15° de Capricórnio, e de 5 de agosto, em 15° de Aquário.


Eclipses que pertencem a uma mesma série ocorrem a cada 18 anos e 10 dias (ou 11 dias em função dos anos bissextos) e duas ou três vezes seguidas voltam a ser visíveis em um mesmo local.


Existem autores, como Robert Jansky e Bernadette Brady, que consideram o primeiro eclipse de uma série como sua marca. Estes autores sugerem que o grau deste eclipse de origem seja localizado no mapa natal e utilizado como ponto de partida para a interpretação de qualquer eclipse da série, mas hoje em dia isto é muito pouco aceito.


Depois dos babilônios, em 432 a .C., outro ciclo para os eclipses foi descoberto por Meton na Grécia antiga. Na realidade o ciclo descoberto por Meton se refere à repetição de luas novas e cheias a cada 19 anos. A repetição ocorre no mesmo dia e grau do zodíaco.


Considerando que os eclipses são luas novas e cheias especiais, o ciclo de Meton poderia  valer também para os eclipses, mas para estes ele não é preciso como o ciclo de Saros porque para os eclipses, a repetição a cada 19 anos ocorre somente em 75% dos casos.


Quando para uma pessoa, pelo ciclo de Meton, ocorre a repetição de um eclipse que toca uma posição importante de seu mapa, é possível buscar o que ocorreu na ocasião do eclipse, 19 ou 38 anos antes, para obter uma ideia do que poderá ocorrer agora. Lógico que a pessoa estará em outro momento de sua vida, mas ainda assim, é possível usar a referência para refinar a previsão.


Este ano os eclipses solares seguiram o ciclo metonico.


O eclipse solar de 26 de janeiro de 2009 repetiu o de 26 de janeiro de 1990, em 6° de Aquário.
O de 21 de julho passado, em 29° de Câncer, repetiu o de 19 anos atrás, em 21 de julho de 1990.


Isto também acontecerá com o eclipse de 15 de janeiro de 2010 porque neste mesmo dia, em 1991, tivemos um eclipse do Sol nos mesmos 25° de Capricórnio.


Eclipse Pré-natal 


A Astrologia clássica considerava muito importante o grau da Lua Nova ou Cheia imediatamente anterior ao nascimento e disto deriva a importância também do ponto do eclipse chamado pré-natal. Normalmente, é considerado somente o eclipse solar, mas alguns astrólogos levam em conta também o eclipse lunar, caso esteja mais próximo da data do nascimento. Na verdade o grau do eclipse pré-natal tem a mesma importância que os graus dos planetas.


A casa do mapa natal na qual se localiza o eclipse é indicativa dos temas que precisam ser muito bem desenvolvidos durante a vida. Mesmo sem conter  planetas, a casa do mapa natal, onde está situado o grau do eclipse pré-natal, parece estar sempre ativa, porque é mobilizada pelas lunações, trânsitos ou progressões.


Muitas vezes a casa do eclipse pré-natal é a mesma de um dos nodos porque, como já vimos, os eclipses ocorrem sempre próximos a eles.
Quando há um planeta no ponto do eclipse pré-natal ou em quadratura, trígono ou oposição, com orbe até 5°, o planeta está enfatizado e seus significados e assuntos da casa na qual ele está localizado têm que ser utilizados para o desenvolvimento dos temas da casa do eclipse pré-natal.


O retorno do eclipse pré-natal é  indicativo de um tempo importante para a vida e a evolução pessoal.
Vejamos como exemplo a carta do Presidente americano John Kennedy: 29 de maio de 1917, 15:15 (EST +05:00) Brookline, MA – USA (Latitude 49°N19’ e Longitude 071°W07’).

Seu eclipse solar pré-natal ocorreu em 23 de janeiro de 1917, em 2°45’ de Aquário, situado na casa 4 de sua carta natal, em conjunção com sua Parte da Fortuna e em oposição com Netuno na casa 10. Portanto, enfocava a necessidade de que ele se ocupasse das questões familiares com sensibilidade, criatividade, compaixão e até sacrifício.


Além do mais, a interação da casa 4 com a casa 10 indicava que o desenvolvimento das questões familiares teria consequências em sua atuação no mundo.


O eclipse pré-natal retornou pela primeira vez quando Kennedy tinha quase 8 anos, em 24 de janeiro de 1925. Portanto, não seguiu o ciclo de Meton, mas de qualquer maneira foi importante porque nesse ano nasceu seu irmão Robert.

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O eclipse pré-natal retornou duas vezes mais em intervalos do ciclo metonico. Ambos os retornos foram muito relevantes na vida de Kennedy. O primeiro, em 25 de janeiro de 1944, o ano em que seu irmão Joseph morreu na guerra. Isso alterou a direção de sua vida porque seu pai pensava preparar Joseph para a carreira política e John teve que tomar o seu lugar. O segundo ocorreu em 25 de janeiro de 1963, dez meses antes de sua morte.

A sequência dos eclipses no mapa natal 

Em função do ciclo de Meton, em 19 anos os eclipses percorrem o mapa natal promovendo a revisão dos temas de todas as casas.

Na realidade, os eclipses atuam como marcas no caminho para nos ajudar a cumprir nossos propósitos na vida. Às vezes o fazem nos afastando de um caminho cômodo e outras vezes nos surpreendendo com uma boa oportunidade.

Os eclipses chamam nossa atenção para a verificação do que é preciso rever, modificar ou suprimir em cada uma das casas. O assunto da casa, onde se localiza o eclipse, que tiver sido reprimido ou deixado de lado, se tornará evidente e terá que ser considerado e resolvido.

A conotação de revisão dos eclipses vem do fato de que seu movimento ocorre sempre para trás, portanto no sentido contrário ao do zodíaco, tomando sempre graus anteriores.

Por exemplo: o eclipse solar de 02 de agosto de 2008 foi em 9° de Leão, o seguinte, em 26 de janeiro de 2009, em 6° de Aquário.

O eclipse de 21 de julho passado foi em 29° de Câncer, e o próximo, em 15 de janeiro de 2010, será em 25° de Capricórnio. Podemos observar que, de um dado ponto, o eclipse vai ao ponto oposto (+ ou – 180°), em seguida se movimenta cerca de  170° pra trás e de novo vai ao ponto oposto.

Mas esta sequencia não é perfeita e algumas vezes os eclipses não a seguem exatamente.

Por exemplo, o eclipse de 07 de fevereiro de 2008, em 17° de Aquário, sucedeu ao eclipse de 11 de setembro de 2007, em 18° de Virgem, portanto voltou para trás 150° e não 180 ou 170°. O eclipse de 1º de agosto de 2008 não alcançou o ponto oposto em 17° de Leão, mas foi em 9° de Leão, portanto voltando para trás 188°.

Além disso, devido à simultaneidade de uma mesma série de Saros, a antiga e a substituta, podem ocorrer dois eclipses em lunações sucessivas, como citamos antes.

Devido ao seu movimento, os eclipses percorrem uma mesma polaridade de casas em até três anos. Este tempo é indicativo de ativação e mudanças nos temas das casas da polaridade.

De qualquer forma, fazendo ou não aspectos com os planetas do mapa natal, os eclipses  promovem  atenção e revisão nos assuntos das casas nas quais estão situados. Suas questões serão acentuadas, seus assuntos enfatizados e terão que ser resolvidos seja por mudanças ou finalização.

Considerando que os eclipses percorrem ritmicamente a carta natal, o processo pode ser visto como um caleidoscópio, que vai girando e apontando para facetas diferentes: os temas das casas.

Quando os eclipses do Sol e da Lua estão na mesma polaridade, os assuntos das casas do eixo estarão mais concentrados e poderão ser solucionados com mais rapidez. Mas quando os eclipses solares e lunares não estão na mesma polaridade, a atenção está dividida entre as duas polaridades e isso dificulta a resolução dos assuntos.

Também é necessário considerar que os temas da casa em que ocorre o primeiro eclipse solar da polaridade podem ser os motivadores principais da revisão dos assuntos das duas casas que constituem a polaridade.

Os eclipses por polaridade de casas 

EIXO 1 – 7 – A ênfase ocorre na combinação da necessidade de desenvolvimento pessoal e da participação em alianças e parcerias.

Quando o primeiro eclipse da polaridade mobiliza a casa 1, o fortalecimento da identidade pessoal e do próprio desenvolvimento capacita para o estabelecimento de alianças mais satisfatórias.

Quando a casa 7 é a primeira a ser ativada, a revisão da participação em alianças e parcerias desperta para a necessidade de desenvolvimento pessoal.

EIXO 2 – 8 – Há Ênfase nos recursos pessoais e  compartilhados, sejam eles físicos ou materiais. Há movimento em questões econômicas, recursos e propriedades.

Quando existem aspectos difíceis, podem ocorrer crises ou perdas.

Quando a casa 2 é a primeira, o foco nos próprios recursos, propriedades e perspectivas materiais levam à revisão da partilha dos recursos físicos e materiais. Se qualquer forma, devem ser desenvolvidas ações para obtenção  da segurança material.

Quando a casa 8 é a primeira, o estímulo se dá no plano dos recursos compartilhados. Existe a possibilidade de lidar com heranças, partilhas de dinheiro e pagamentos a outros ou instituições. Também há estímulos à sexualidade.

EIXO 3 – 9 – Enfoca o desenvolvimento mental e intelectual, deslocamentos, questões referentes ao ambiente próximo (casa 3), ao estrangeiro ou ainda de natureza legal (casa 9).

Na casa 3 há estímulos para a comunicação e a busca da aprendizagem. Experiências relativas ao ambiente próximo, irmãos, parentes e vizinhos. Deslocamento próximo e contato com outros ambientes.

Na casa 9, questões de educação superior e outros conhecimentos.

Viagens distantes e assuntos relativos ao estrangeiro estão enfatizados e são revisados, bem como os assuntos de natureza legal, ética, filosófica ou religiosa.

EIXO 4 – 10 – A segurança pessoal através de melhores condições familiares e de moradia tem que ser combinada com a busca de uma posição satisfatória no mundo. Nesta polaridade será preciso rever o equilíbrio entre a vida pessoal e a vida social e profissional.

Quando a casa 4 é a primeira, as mudanças para obter melhores condições familiares ou de moradia levam à revisão da posição social e profissional.

Quando a casa 10 é a primeira, as mudanças para obter uma posição social mais satisfatória levam à revisão e modificações nas condições domésticas e familiares.

EIXO 5 – 11 – Nesta polaridade é preciso equilibrar as questões afetivas e de prazeres com os planos e projetos.

Neste período é importante que, além de pessoal, o amor também alcance a esfera social.

Na casa 5 o foco está no agradável e no afetivo, nos prazeres, nos amores, nos filhos e na criatividade. É importante equilibrar o dar com o receber o amor.

Quando a casa 11 é a primeira a ser ativada  a participação em grupos ou a valorização das amizades contribuem para uma expressão mais elevada do amor pessoal.

Além disso, os planos e projetos pessoais promovem revisão nas questões afetivas.

EIXO 6 – 12 – Enfatiza os temas de saúde, serviços, obrigações e trabalho. Pode ocorrer contato com hospitais ou viver situações difíceis.

Na casa 6, as questões relativas ao trabalho, empregados, saúde e animais de estimação são fatores de revisão. As imperfeições referentes a qualquer uma destas questões surgirão para serem solucionadas.

Na casa 12, situações que ainda não se apresentaram podem aparecer. Existe a possibilidade de envolvimento em situações difíceis, tais como enganos e fraudes, além de questões de saúde para si mesmo ou de outras pessoas.

Observações:

Quando os eclipses tocam por aspecto de quadratura ou trígono, com orbe até 5°, planetas em outras casas, os temas destas casas são envolvidos com aqueles da casa do eclipse.

A atuação dos eclipses começa 20 dias antes da data em que ocorrem.

Os eclipses da Lua, na Lua Cheia, são considerado nas duas casas do eixo e o eclipse solar somente na casa em que ocorre.

Exemplo 1: Mulher 26/07/1967, 17:30 (BZT2 + 3:00) – Rio de Janeiro – Brasil (Latitude 22°S54’ e Longitude 043°W14’)

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O trajeto do eixo 2-8 começou em março de 1997, com o eclipse solar de 18° de Peixes, na casa 2, oposto ao Plutão, em 18° de Virgem, na casa 8. Em julho de 1999 ocorreu o último eclipse da polaridade 2-8.


Nestes dois anos a senhora se associou em uma empresa profissional e assumiu sua administração financeira, depois deixou primeiro a administração do negócio e logo também a sociedade.


A mudança da polaridade 8-2 para 7-1 teve inicio em agosto de 1999, com o eclipse de 18° de Leão na casa 7, mas fazendo quadratura a Netuno em 21° de Escorpião, na casa 10. O período no eixo 7-1 terminou em novembro de 2000.
Neste período, a senhora se divorciou de seu marido e enquanto os eclipses percorriam a polaridade, ela buscou outro parceiro.
Exemplo 2: Mulher 22/03/1978, 22:30 (BTZ2 +3:00) Volta Redonda, Rio de Janeiro – Brasil (Latitude 22°S31’ e Longitude 044°W07’).

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O trajeto da polaridade 5-11 começou com o eclipse solar de 19 de abril de 2004, em 29°45’ de Áries na casa 5. Neste mesmo ano, a jovem senhora e seu parceiro começaram a pensar em ter seu primeiro filho, mas, por questões de trabalho ela decidiu deixar o projeto para o ano seguinte.


É curioso observar que neste tempo o eclipse lunar em 14°42’ de Escorpião foi na polaridade 12-6, portanto dividindo a atenção com o eclipse solar na casa 5.


Em abril de 2005, os eclipses do Sol e da Lua ocorreram na polaridade 5-11. Do Sol, no dia 8, em 19°06’ de Áries, conjunção com Mercúrio e Vênus na casa 5. O eclipse da Lua, no dia 24 em 4°20’ de Escorpião, na polaridade 11-5. Em maio, a senhora descobriu que estava grávida.

Em 2006, o eclipse solar de 24 de setembro, em 29°20’ de Virgem foi na casa 10 e mudou a polaridade para as casas 10- 4. A atenção da senhora se voltou para a retomada de sua carreira profissional. Ela decidiu que não queria voltar a dar aulas na universidade, mas queria voltar a trabalhar e pensou em comprar uma franquia comercial. Como não encontrou o que queria desistiu.


Durante o trajeto por esta polaridade, a casa 4 foi ativada por agitação em sua vida doméstica. Primeiro seu cunhado e depois sua irmã passaram uns meses em sua casa e depois sua mãe teve um problema de saúde.
Em 2008 ocorreu uma nova mudança de polaridade. O eclipse solar de 7 de janeiro, em 17°44’ de Aquário foi em sua casa 3, trígono com Plutão na casa 11.


O eclipse na casa 3 levou a senhora a  estudar para um concurso público, mas ainda não estava segura de que isto fosse o melhor, porque também pensava na possibilidade de um segundo filho. Na verdade, a ativação de Plutão na casa 11 indicava que poderia ocorrer uma mudança de planos.


O eclipse solar seguinte, primeiro de agosto de 2008, em 9° de leão, foi em conjunção com a cúspide da casa 9, mas ativou seus nodos lunares, em 6°16’ de Libra-Áries, nas cúspides 11-5.


Em outubro a senhora descobriu que estava grávida e desistiu de fazer o concurso.


Conclusão 


Podemos afirmar que a sequencia dos eclipses através do mapa natal promove  atenção, revisão e correção em todos os temas da vida.
Contudo, outras técnicas astrológicas podem reforçar ou não a polaridade dos eclipses. Uma casa forte na Revolução Solar que se situa na mesma polaridade dos eclipses; a presença da Lua progredida secundária em uma das duas casas da polaridade indicada pelos eclipses, um trânsito de Urano ou Plutão nas casas ativadas pelos eclipses.


Fica então claro que os babilônios tinham total razão ao conceder uma extrema importância aos eclipses. Aquele que não se preocupa com eles poderá desconhecer sua envergadura, mas quem os dedique atenção, constatará sua relevância.


Bibliografia


BRADY, Bernadette. Predictive Astrology, The Eagle and the Lark. York Beach : Samuel Weiser Inc., 1992.
JANSKY, Robert. Interpretación de los Eclipses. Málaga: Editorial Sirio, 1988.
LINEMAN, Rose. Eclipse Interpretation Manual
Astrological Guidepost. Tempe: AFA, 1986 e 1984.
TEAL, Celeste. Eclipses. Woodbury: Llewellyn Publications, 2006.


Agradecimento: A Angela Nunes que fez a tradução do texto original em espanhol.


Rio de Janeiro, 20 de outubro de 2009.


É proibida a reprodução total ou parcial deste texto.

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