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Definindo a Astrocartografia

Autor: Vicente Oscar Gigli & Claudia Lamata de Gigli (Argentina) em 6 de setembro de 2006

Das pirâmides do Egito aos monumentos Maias, Astecas, passando por Stonehenge, os astrólogos sempre fizeram suas observações. A arqueoastronomia é uma ciência que estuda todas as manifestações concretas das culturas antigas que refletem e mostram seu conhecimento ou crenças astronômicas.


O azimute (coordenada do sistema do horizonte) talvez seja a definição astrológica mais antiga de todas. Desde a antiguidade, os xamãs, assim como os chamados médicos bruxos dos maias e dos incas da América ou os sábios do antigo Egito, etc., construíam monumentos com os quais, por exemplo, podia-se determinar as estações do ano. Muitas construções foram feitas com a finalidade de encenar fenômenos celestes na Terra; se o Sol surgia no horizonte exatamente alinhado a uma janela ou a um pilar construído, em algum momento do ano, podiam determinar que era um equinócio ou um solstício. Assim, o astrólogo, xamã, etc., informava aos povos o começo das estações, as épocas de semeadura, colheita, armazenamento das colheitas, etc. Estes eram seus objetivos mais fundamentais. Atualmente há um calendário ao alcance de qualquer um. Contudo, até uma época não muito distante, era uma informação que em alguns casos era considerada sagrada


Quando a estrela Sirius aparecia num determinado lugar no antigo Egito, anunciava a proximidade da inundação do Rio Nilo. Desde a época das pirâmides, pode-se observar a ascensão heliacal de umas trinta estrelas próximas ao equador celeste, das quais sobressai a estrela Sirius. Estas ascensões permitem dividir o ano em períodos iguais de dez dias.

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Stonehenge faz parte deste legado. Graças à análise com o carbono C-14, foi possível precisar que este monumento data de aproximadamente 1845 anos a.C. A distribuição de suas pedras e dintéis, foi feita de maneira que o curso do Sol pudesse ser seguido. Se uma pessoa se coloca no centro do monumento e olha em direção a uma pedra denominada Heel Stone (pedra do Salto), vê, logo em seguida, que seu topo  coincide com o horizonte, e caso escolhe  fazer isso no dia do solstício de verão, 21 de junho, o Sol nasce por cima da pedra. Para construir esse monumento dessa maneira foi utilizado o princípio de Azimute ou Espaço Local (Local Space).


Stonehenge foi construída em várias etapas, com intervalos de vários séculos. Uma explicação lógica para essa demora é o fato de suas coordenadas terrestres, especialmente a latitude, serem muito altas. Todos os grandes monumentos construídos até então estavam localizados dentro dos trópicos. É possível que, para a realização deste projeto, tenha sido necessário rever e estudar todos os cálculos conhecidos e atualizá-los para sua latitude. À medida que isso foi sendo conseguido, foram sendo realizadas as etapas de sua construção.

É um erro comum considerar o astrólogo norte-americano Jim Lewis como autor desta técnica. A ele devemos o fato de havê-la resgatado do esquecimento, porém a ACG é tão antiga quanto a própria astrologia. Esse assunto também foi tratado por MIGUEL GARCÍA, em seu trabalho ASTROCARTOGRAFIA del ACIMUT, publicado na revista espanhola de astrologia Mercúrio 3 Nº 6,  do ano de 1994.

A técnica A*C*G, proposta por Ariel Gutman e Jim Lewis nos anos 70, é a mais utilizada para a relocação. O sistema de Local Space, de Michel Erlewine, não é outra coisa senão o velho azimute, direção projetada a nível global. Estas técnicas, propostas pelos autores mencionados, são corretas, mas também são limitadas em relação  ao  potencial que possuem. Como apresentar a Astro Topografia dos signos.

A carta natal descreve a topografia do lugar de nascimento do indivíduo, fundamentalmente do local onde (caso o mapa natal apresente a promessa de muitos êxodos) a pessoa vai viver mais tempo ou onde acontecimentos transcendentes marcarão sua vida.

Durante os últimos anos, temos publicado constantemente, na revista Mercurio3, na seção de Astrocartografia, análises de mapas natais, mapas horários, ou de eventos e também Configurações Universais. Nestes últimos, temos previsto com sucesso tormentas intensas, tremores e maremotos, como o terrível Tsunami de dezembro de 2004.

Os três Reis Magos, cuja data de comemoração, o dia 06 de janeiro, está sendo proposta como o dia do astrólogo, utilizaram a astrocartografia. Diante de uma Configuração sem igual no céu, calcularam o lugar, dia e hora do nascimento de um ser especial. Estamos tentando  redescobrir a genialidade e o saber daqueles sábios.

É fundamental deixar claro que a ACG é a astrologia levada ao nível topográfico ou o mapa à cartografia. O significado dos planetas e signos não se altera. O mapa natal é a essência, a Astrocartografia não é independente dele, ela é parte do mapa natal. Não são elementos distintos, fazem parte de um todo. Não se pode interpretar ACG sem observar detalhadamente o Natal.

O mapa natal nos descreve o lugar e, em alguns casos, com surpreendente precisão. Isto ocorre quando os  significadores da casa IV estão em signos de regência ou exaltação, ou quando seu dispositor está em condições semelhantes, ou subordinado a um dispositor final. Quando isto não ocorre, a interpretação  deve ser realizada  analisando-se os dispositores com relação aos signos, casas, recepções mútuas, preponderância de elementos, etc.

Em ACG existem disposições quanto ao modo de utilização desta técnica. Uma delas consiste em seguir as linhas de azimute, ou buscar a angularidade dos planetas nos eixos, de acordo com sua qualidade e o simbolismo tradicional do planeta. Por exemplo, seguir a linha de Júpiter, o grande benéfico, ou a linha do Sol, para buscar uma afirmação pessoal melhor, ou para obter  autoridade,   quer dizer, valorizar as linhas com base somente no conceito tradicional de planetas benéficos ou maléficos.

A segunda forma, à qual nós aderimos, como resultado de nossas observações e investigações, considera a qualidade das diversas direções, de acordo com as condições que os planetas possuem no nascimento. Em muitos casos, comprovamos, por exemplo, que a pessoa viveu, estudou e se aperfeiçoou numa região  onde passava a linha do meridiano de Saturno. Porém, no mapa natal Saturno estava exaltado em Libra e era significador da casa X. Neste caso Saturno era benéfico para o indivíduo. É claro que não seria aconselhável utilizar a linha de Saturno para um mapa natal no qual ele estivesse afligido e em mau estado cósmico. É o mapa natal  que determina a importância ou hierarquização das linhas de azimute e  de meridianos planetários.

Outro dentre os fatores que não  costumam ser  levados em conta são o azimute aparente ou direções aparentes. Estas são as direções que o mapa natal nos dá numa combinação de casas e signos. Começamos a utilizar este tipo de direções ao observarmos que elas nos davam respostas em muitos casos. Dizendo de outra maneira, o conceito de aparente deve-se ao fato da direção ser em função do simbolismo do mapa natal, pois não é uma direção real. Os signos e as casas indicam direções que não têm nada a ver com o azimute real ou verdadeiro, ou com as linhas dos meridianos planetários. Os astrólogos da antiguidade dão uma direção determinada aos signos e casas. (ver quadros)

DIREÇÕES POR SIGNO E ELEMENTO

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Por exemplo, para um mapa natal com Mercúrio no Meio do Céu certamente haverá um azimute real de direção Norte. Isto nos faria acreditar que os acontecimentos mais importantes de sua profissão teriam que ocorrer na direção Norte. Entretanto, não é isso o que acontece na vida do indivíduo, se esse Mercúrio estiver no signo de Virgem (que, por ser de terra, possui direção Sul). Como sabemos, Mercúrio  rege  Virgem e os signos de terra possuem direção Sul. Isto é verdadeiro porque os principais acontecimentos da vida desta pessoa ocorreram ao Sul de suas coordenadas de nascimento.


Para o estudo da relocação, em primeiro lugar é necessário considerar e analisar o mapa natal. Feito isso, é fundamental obedecer às seguintes etapas preliminares, antes de sugerir o lugar ou zona mais favorável:


– Valorizar corretamente o estado cósmico dos planetas.
–  Estudar cuidadosamente se o mapa promete deslocamento (emigração).
–  É fundamental determinar qual é o desejo pessoal, pois é comum encontrar aspectos negativos nos mapas natais, dos quais não se pode escapar, uma vez que estão no nascimento. Na relocação o astrólogo deve estudar, em que  casas esses aspectos deverão ser colocados.
–  Por este motivo, muitas vezes, na relocação, é preferível colocar os planetas em melhor estado cósmico em sextil ou trígono com o Ascendente ou o Meio do Céu e deixar os aspectos negativos relacionados às casas XII ou  VI.
–   Na relocação, nem sempre as linhas de azimute fornecem a resposta ideal.
–  As linhas de azimute só devem servir de referência para viagens ou visitas e, muito especialmente, em épocas de trânsitos favoráveis. Em poucos casos são ideais para a relocação.
–  Também é fundamental não perder de vista a astro-topografia. Isso quer dizer que o lugar ou zona relocada deve respeitar a astro-topografia do mapa natal.
– Também devem ser respeitadas as direções aparentes. O azimute aparente é a direção que nos dá o mapa com uma combinação de casas e signos.

Estes são os pontos fundamentais que devem ser levados em conta na relocalização. É um erro querer dar margem ou orbe de influência às linhas de azimute, pois é preciso considerar o conjunto e não analisá-lo de forma parcial.

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Vejamos alguns exemplos – Primeiro Mulher A.


Neste mapa natal observamos o predomínio de planetas em signos fixos e em casas sucedentes. Quando nos deparamos com uma configuração deste tipo, a pessoa não costuma mudar-se para longe do local de nascimento ou viajar muito. Até hoje esta pessoa mora no mesmo bairro onde nasceu. Devemos lembrar que um mapa natal não é fixo, pois tem una dinâmica indicada principalmente pelas direções secundárias. Quando o Ascendente progredido começou a percorrer o signo de Gêmeos, esta senhora realizou suas primeiras viagens longas ao exterior. Em 2005, foi sozinha ao México, atendendo a um convite que recebeu da cidade do México. Podemos observar que a casa IX está em Capricórnio, regida por Saturno, em conjunção à cúspide dessa casa. Porém, trata-se de um Saturno em Capricórnio, seu signo de domicílio, e assim está em bom estado cósmico.

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No mapa ACG podemos observar que a linha do meridiano de Saturno e as linhas ascendentes dos Nodos Lunares e da Lua passam pelo México.
Também, para a cidade do México, o Ascendente geodésico é 18º de Peixes, em oposição à posição da Vênus Natal.
Do ponto de vista concreto e material, sua viagem foi excelente. A experiência vivenciada foi tão instrutiva quanto impressionante. Ela esteve presente à celebração do dia Internacional contra a Violência às Mulheres, e também a um movimento de denúncia do desaparecimento e mortes de mulheres e jovens na Cidade de Juarez, no norte do México. O contato que manteve com os familiares das vítimas fez com que vivesse uma experiência bem de acordo com seu Saturno Natal, na casa VIII, em conjunção à cúspide da casa IX.

Na relocação de seu mapa para a Cidade do México. Saturno está em conjunção ao Meio do Céu.

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ACG a partir da casa VII


Em nossos estudos, temos trabalhado com dados de colegas, que nos contaram suas experiências de vida e, com base nisso, analisamos seus mapas. Este mapa feminino corresponde a um desses estudos:


“Nasci em Valparaíso e minha família se mudou  para Santiago no começo de 1962, a mudança foi lenta, creio que começou em fevereiro, porém em março, no  começo do ano escolar, já estávamos em Santiago.


Viajei à Argentina umas duas vezes entre 1966 y 1968. Voltei a morar em Valparaíso em 1971, e lá nasceu meu primeiro filho, no dia 20 de maio desse ano”.


“Voltei a morar em Santiago em setembro de 1973 e, em 12 de fevereiro de 1976, me casei e fui, no mesmo dia, para Puerto Montt, e depois Bariloche, e continuei viajando pela Argentina e regressei ao Chile, depois de ter ido ao Peru”.


Aqui encontramos um mapa que não possui um planeta dispositor final, nem uma recepção mútua que cumpra essa função. Neste tipo de mapas natais, os planetas em casas angulares são os que têm prioridade, especialmente em ACG. Podemos observar que  os dois luminares estão na casa VII, onde também está Mercúrio, regente do Ascendente e do Meio do Céu. A Lua aproxima-se de uma conjunção com o Sol (para chegar à lua nova). Não havendo um dispositor final, estes três astros vão determinar as direções predominantes neste mapa. Peixes é o signo onde eles se encontram e os signos de água correspondem à direção Norte. Observamos então, que o regente da casa IX, das viagens, é Vênus, que está em trígono com o Meio do Céu (indicando viagens durante a vida), e o planeta das viagens longas, Júpiter, está no signo em Aquário, signo de Ar. Isto indica um predomínio da direção Noroeste, como promessa deste mapa.


Porém, voltando ao que afirmei acima, com relação ao predomínio do signo de Peixes, a presença da Lua (referente a casa e ao lar), determina as condições topográficas.
Peixes e Netuno sempre indicam Ilhas, penínsulas e lugares muito próximos ao mar e, especialmente, ao oceano.


PEIXES: Terrenos aquosos, zonas de destilarias, onde se fabrica ou distribui drogas, vinhedos, rios ou mares onde se explora a pesca, diferente de Câncer (águas que brotam), Peixes indica zona de águas constantes. Portos, docas, baias, penínsulas, etc. Trajeto de  aves, onde há abundância de plantas parasitas. Nas cidades: drogarias, prisões, hospitais e asilos, igrejas ou templos, o porto da cidade, ou onde há diques ou eclusas, bombas de combustíveis, sapateiros, zona de praia, bairros em declive, onde há edifícios em ruínas, ninhos de criminosos, onde se vende droga, farmácias.


Este mapa natal promete uma constante mudança de casa. Muitas dessas mudanças na direção indicada e com as características correspondentes a Peixes. Existe um forte predomínio do elemento Ar, devido aos planetas Marte e Netuno em Libra, Júpiter e Vênus em Aquário, indicando lugares altos ou próximos a montanhas e cordilheiras.

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“e viajei ao Japão, onde nasceu meu segundo filho, em 15 de dezembro de 1976, numa cidade próxima a Tóquio”.


Uma experiência de vida tão importante como o nascimento de um filho, no longínquo Japão (a noroeste de Valparaíso), num país que é uma Ilha no oceano. Porém, se isto não for suficiente, vejamos o mapa ACG ampliado para o Japão. É mais do que significativo e pertinente. Pelo Japão passam as linhas de azimute do Sol, Marte, Netuno, Nodo Lunar e, mais ao Sul da ilha, estão as linhas de azimute da Lua, Mercúrio e Saturno, este  regente da casa dos filhos, a V.  Relocando seu mapa para o Japão, Netuno está  em conjunção com a casa VII.
Como vêem, o Japão é um lugar especial para este mapa de Mulher.

"depois fui para Nova Iorque – Brooklyn. Creio que cheguei lá no dia 12 de dezembro de 1977. Em junho de 1978 (não lembro se foi exatamente nesse mês) viajei para Santiago e também estive na cidade de La Plata – Argentina. Em novembro, retornei a NY e, em dezembro, voltei ao Chile. Em 7 de janeiro de 1979 estava chegando novamente a NY”.


“Meu filho mais velho vem morar comigo no final de 1979 e eu me mudo de Brooklyn para Astoria (arredores de NY). Em 1980 minha mãe vem morar comigo”.

Aqui, ela nos conta a respeito de sua vida na área de New York. No mapa ACG se vê claramente como passam três linhas ascendentes significativas por essa cidade que é limitadapor um Oceano. Ao relocar o mapa natal, as linhas ascendentes nos indicam  os planetas que se localizam em  conjunção com o Ascendente ou o Descendente em  uma determinada zona do mundo.


Em New York passa a linha ascendente da Lua, (significadora da casa e da mãe). Ela chegou a morar com a mãe nessa cidade. Podemos observar também a linha ascendente de Mercúrio, regente do Ascendente e Meio do Céu natais. Tanto a Lua, como Mercúrio, estão na casa VII. Na relocação para New York, Saturno entra em orbe de conjunção ao Ascendente. Este planeta é o regente da casa V (filhos). Como podemos ver, em New York  passam as linhas ascendentes que significam a mãe (Lua, significadora natural), dela própria (Mercúrio rege o Ascendente) e de Saturno (filho, pois rege a V). Todos estes astros, no mapa natal, estão em  signos mutáveis. Esta condição somada à falta de um planeta dispositor e ainda a ausência de signos fixos, resulta em uma constante mudança de domicílio.

“nos primeiros dias de agosto, viajo a Miami, depois a Santiago. Lá chegando (um ou dois dias) me avisam da morte de minha mãe em NY (7 de agosto de 1981). Volto imediatamente e creio que chego a NY no dia 10 de agosto de 1981 e me mudo de NY”.

“em setembro vou viver em Winter Park, cidade próxima a Orlando na Florida”.

“No dia 23 de setembro de 1981 na  cidade de Orlando e em 23 de junho de 1982, nasce minha filha.. viajo para Berkeley (Califórnia ) no dia 4 de julho de 1982 e, em seguida, me mudo para San Jose, Santa Clara (tudo na Califórnia). Viajo para Nova Iorque no começo de 1985, volto para San Jose Califórnia. Vou novamente para NY”.

A Florida é uma península, que corresponde a astro-topografia do signo de Peixes e à direção Norte, mas considerando o nascimento, ali não se encontram, pelo menos de forma destacada, elementos de ACG. Isto implica em que a Florida atue como uma experiência mais de: “estou, porém vou embora em seguida”. É Uma ação muito mutável. Na mudança para a Califórnia, região também limitada por um oceano e considerando a direção Norte e Leste, Mulher experimenta a mesma mobilidade e nos diz:

“vou para mais ao sul da Califórnia em janeiro de 1995, moro em múltiplos lugares diferentes, porém no mesmo estado. Agora acabo de deixar North Hills, em 20 de outubro de 2003, e vim para Mountain View”.

Diferente da Florida, por essa zona do mundo passam as linhas ascendentes da oposição planetária de seu mapa natal, que são Vênus e Plutão.

“moro por um tempo em Queens – NY, volto a San Jose, Califórnia, em julho de 1985. Nasce minha filha em 15 de outubro de 1985, em Santa Clara (Califórnia). Moro na mesma casa durante mais ou menos um ano. Em 1987, vou ao Chile e penso que volto em 1990 ou 1991 (preciso revisar meus apontamentos), meu pai vem à Califórnia em 1992. Meu pai morre em 20 de outubro de 1993, em Santiago, e viajo imediatamente ao Chile. Volto em dezembro desse ano, vou novamente ao Chile em 1994. Mudo para mais ao sul da Califórnia em janeiro de 1995, moro em diversos lugares diferentes, porém no mesmo estado. E agora acabo de deixar North Hills, em 20 de outubro de 2003, e vim para Mountain View”.

Nossa experiência de trabalho é muito grande também em mapas mundanos. Se visitarem nossa página na Internet http://www.investigaastrologia.com.ar poderão apreciar muitos de nossos trabalhos.

Quando estamos conscientes que estamos percorrendo um bom caminho, a melhor maneira é comprovar isso com prognósticos.

Durante o trimestre de 21 de dezembro de 2003 a 21 de março de 2004, atuamos como moderadores da lista astrológica mundial da Astrocuantica. Um de nossos últimos trabalhos foi a elaboração do mapa ACG (astrocartográfico) do ingresso do Sol em Áries de 2004. Marcamos com círculos vermelhos  as áreas sensíveis a eventos marcantes. Esta análise foi reali­zada antes de 21 de março de 2004 e foi registrada nas listas de Astrologia mundial  Astrocuantica e Ptolomeu e na nossa própria Lista Imhotep – Sothis  http://www.sothis.com.ar.

O círculo A assinalava a zona do oceano Índico que estaria propensa a eventos marcantes.

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Mapa ACG do ingresso do Sol em Áries


Registro dos eventos mais importantes que ocorreram nas zonas mencionadas:


A- É praticamente coincidente com o Tsunami de dezembro de 2004
B- Sequência de furacões, o Haiti foi o país mais afetado.
C- Incremento quase geométrico de violência ao longo do ano.
D- 11 M, Atocha, Madri, onda de frio intenso, o incêndio do edifício Windsor, os atentados a bombas.
E – Primeiro Furacão oficialmente registrado no Atlântico

Como chegamos a essa conclusão.

1. Primeira observação: nessa zona do nosso planeta ocorreram 6 parans, envolvendo os luminares e os planetas indicadores de acontecimentos marcantes, Saturno e Plutão.

2. Segunda observação: A zona em que caíram estes parans é muito dinâmica do ponto de vista meteorológico e sísmico. Com relação à meteorologia, no gráfico Nº 2, dias depois do ingresso do Sol em Áries de 2004 três tormentas se formaram nessa zona. Duas delas foram 21S e Oscar, coincidentes com os parans. No gráfico Nº 3observa-se a atividade sísmica para essa região através das placas tectônicas.

3. Terceira observação: com relação aos eixos geodésicos. Pela zona vermelha de atividade sísmica passa a linha do meridiano de Saturno. Ao levantar a carta geodésica com as coordenadas do terremoto em Sumatra, observa-se que o Meio do Céu geodésico é 6º de Câncer, gráfico Nº 3, coincidindo com a localização de Saturno. O  gráfico Nº 4 apresenta a carta geodésica com as coordenadas do terremoto do dia 23 de dezembro de 2004.

4.   Quarta observação: Astro-topografia, no ingresso do Sol em Áries de 2004, Saturno está transitando Câncer. Urano está transitando  Peixes e ambos são signos de água, cuja característica é:  locais próximos da água ou muito úmidos, vizinhos a rios, aquedutos, mares, oceanos, etc. No mapa de ACG, gráfico Nº 1, também previmos, para a zona marcada com E, um vento meteorológico intenso. Ali foi registrado o primeiro Furacão no Atlântico SUL.

Pelo exposto, chegou-se à conclusão que a zona A, no ano de 2004, estava muito vulnerável a eventos dramáticos, por isso o círculo que a assinala é maior.

A inquietação refere-se a “Quando” se desencadeará o acontecimento. Este é um assunto que ainda estamos trabalhando, investigando e desenvolvendo teorias que nos permitam definir “o momento” com justeza e precisão.

Os terremotos e suas conseqüências, assim como os Tsunamis, requerem muito trabalho de campo. Um terremoto nem sempre deve ser visto como um acontecimento isolado. Neste caso do Tsunami de Sumatra, acreditamos que seu disparador foi o terremoto que ocorreu quase três dias antes, com uma intensidade similar.

O Tsunami de dezembro de 2004 se tornou o mais desastroso da história devido ao número de vítimas. Sua intensidade é comparável ao de Kracatoa e ao de Valdivia, no Chile, em 1960, o mais forte registrado no século XX. Os dados deste garantem a precisão.

Terremoto no Chile: “O terremoto ocorreu no dia 22 de maio de 1960, às 15:11 horas (19:11 GMT) e foi percebido em todo o cone sul da América”.

No domingo, 22 de Maio, às 3:10:48 PM, ocorreu um terremoto de magnitude 7.5, com epicentro (42ºS 74º.5W) próximo a Chiloé. Foi precedido, em 15 minutos, por um tremor menor que havia causado alarme na população. Vinte e oito segundos mais tarde, antes de ter cessado o movimento do solo, ocorreu um terremoto de importância consideravelmente maior (9.5 Mw). Suas características foram obscurecidas pelo tremor que o precedeu. Seu epicentro se localizou no meio do oceano (38ºS, 73º.5W), 130 a 180 km a oeste de Valdivia e foi de foco superficial.

O grande terremoto  gerou um Tsunami de efeitos devastadores. O tsunami começou cerca de 15 a 30 minutos depois do terremoto e continuou por várias horas, alcançando, em alguns lugares, uma altura de mais de 6 m. e causando consideráveis danos no Chile, Ilhas do Havaí e Japão. No dia 24 de Maio, o vulcão Puyehue começou uma erupção que durou várias semanas.

Com estes breves exemplos apenas mostramos uma pequena ponta de um grande iceberg do que é a Astrocartografia.

Claudia Lamata de Gigli e Vicente Gigli- Formam  um casal, que compartilha o amor pela Astrologia, que ocupa um lugar importante em suas vidas. Conheceram-se em um curso de Sinastria, no Centro Astrológico de Buenos Aires (CABA), onde  Cláudia fez sua formação.

Juntos realizam muitos trabalhos, que podem ser lidos no site  http://investigaastrologia.com.ar/ . São trabalhos de pesquisa, baseados na experiência e observação astrológica, bem como biografias de pessoas famosas.

Vicente foi oficial da Marinha de Guerra Argentina e da Marinha Mercante. No site  citado também podem ser encontrados seus trabalhos de Astrocartografia que, como oficial da Marinha  interpreta e analisa com muita precisão. Mapas de eventos,  Astrologia Horária e muitos outros trabalhos que foram publicados na revista espanhola Mercúrio3.

Atualmente, possuem uma lista de Investigação Astrológica Imhotep-Sothis, http://www.sothis.com.ar/, da qual são moderadores. É uma lista fechada e comprometida com o estudo profundo da astrologia.

Rio de janeiro, 06 de Setembro de 2006

Proibida a reprodução parcial ou total deste artigo.

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